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China Southern remove mais de 100 Boeing 737 MAX de seus planos de frota

O presidente da China Southern, Ma Xu Lun, confirmou em uma reunião com investidores que a transportadora revisou seus planos de frota e reduziu o número de Boeing 737 MAX que espera receber até 2024 de 181 para 78. A revisão ocorre, de acordo com o que foi noticiado pela Bloomberg, devido à “incerteza sobre as entregas”, sem fornecer maiores detalhes.

A mudança representa uma mudança brusca de rumo para a China Southern, que tinha planos definidos para expandir rapidamente sua frota de 737 MAX, indicando em seu relatório anual de março que 39 unidades deveriam chegar este ano, para um total de 103 entregas até 2024, relembra o site parceiro Aviacionline.

A incerteza de quando as entregas no mercado chinês serão reiniciadas é um problema num mercado-chave para a Boeing, que procura maneiras de concluir contratos para mais de 100 MAX construídos, mas nunca entregues a operadoras chinesas.

No início de dezembro,  o regulador de aviação chinês já autorizou o retorno do modelo aos voos, desde que as empresas cumpram com uma lista de correções. Com isso, esperava-se que o retorno do 737 MAX aos céus chineses ocorresse em breve. No entanto, até agora apenas foram realizados voos de teste. 

O CEO da Boeing, David Calhoun, disse em janeiro que sua empresa estava “se preparando para entregar os aviões” aos chineses no primeiro trimestre.

Enquanto isso, as companhias aéreas chinesas não têm pressa em adicionar o 737 MAX devido à queda na demanda doméstica em meio a uma nova onda de casos de coronavírus. “Há menos urgência para aumentar a capacidade”, disse uma fonte do setor à Reuters.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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