Cinco milhões de abelhas morrem no aeroporto após aérea deixá-las no sol e sem comida

Foto de Quintin Soloviev, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia

Cerca de cinco milhões de abelhas que estavam sendo enviadas da Califórnia para o Alasca morreram, depois que o embarque atrasou e o contêiner em que estavam sendo transportadas foi deixado do lado de fora no calor escaldante, reportou a imprensa dos Estados Unidos.

O que era esperado

Era esperado que os insetos fossem transportados em duas etapas, sendo a primeira delas saindo de Sacramento até Los Angeles, e a segunda perna levando-as até o Anchorage, no Alasca. No entanto, a empresa aérea mudou o roteiro de uma parte da carga, após concluir que não daria para enviar a remessa de 200 caixas em apenas um avião.

Com isso, milhões de abelhas foram redirecionadas para Atlanta, do outro lado dos Estados Unidos, de onde partiriam para o Alasca.

Foto: Pixabay via Pexels

O que aconteceu

O problema é que, depois que o voo pousou em Atlanta, não havia opções imediatas para levar o carregamento maciço de abelhas para Anchorage, de modo que o contêiner foi armazenado em um galpão de carga da Delta Air Lines enquanto as opções de redirecionamento eram elaboradas.

Segundo o USA Today, o local inicial onde as abelhas estavam tinha temperatura controlada, mas um problema na preparação dos paletes fez com que alguns insetos escapassem de suas caixas. Então, a alternativa pensada pela equipe de solo da empresa foi colocar os animais todos do lado de fora, ao sol, para que ninguém no recinto fosse picado.

Durante esse período, parece que os recipientes não foram apenas movidos e colocados de cabeça para baixo, favorecendo a escapada, mas que as abelhas foram deixadas num calor de 29 graus. Por conta disso, a maioria das cinco milhões de abelhas, avaliadas em US$ 48.000, morreu.

O que a empresa aérea disse

As abelhas haviam sido adquiridas pela apicultora Sarah McElrea com objetivo de polinizar pomares de maçã no Alasca porque não são nativas da região. Ela se disse chocada e disse que pode mudar o fornecedor ou o roteiro das cargas para que essas coisas não aconteçam mais, embora entenda que o erro foi todo da companhia aérea.

Um porta-voz da Delta disse que o incidente foi “infeliz” e que, assim que a companhia aérea tomou conhecimento da situação, “rapidamente contratou as equipes internas apropriadas para avaliar a situação”.

“Tomamos medidas imediatas para implementar novas medidas para garantir que eventos dessa natureza não ocorram no futuro”, disse a companhia aérea em comunicado.

Um conjunto de ações descabidas e despreparo na condução de valiosa carga.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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