O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, fez nesta quinta-feira (19) uma publicação em suas redes sociais na qual fala sobre submeter a Aerolíneas Argentinas a um “plano de desmantelamento urgente”.
Como relatado pelo portal parceiro Aviacionline, Macri que foi presidente da Argentina entre 2015 e 2019, promovendo a maior liberalização do setor aéreo já vista no país, foi a público mencionar a existência de acordos coletivos que “estipulam privilégios insustentáveis e vergonhosos sob a falsa bandeira da soberania e o conceito anacrônico (e caro) de companhia aérea de bandeira”, acusando também “Biró e seus sócios” de terem “enganado os argentinos por muitos anos, inclusive aqueles que não voam”, Macri afirma que eles são responsáveis por “se voar pouco, por ser caro, haver menos conexões entre províncias”, assim como por terem “intimidado descaradamente a concorrência para manter seus benefícios”.
Diante desse panorama, o ex-presidente detalha três alternativas que, em sua opinião, a Aerolíneas Argentinas tem para escolher:
1 – Iniciar um processo de falência, que permite duas opções: a continuidade da empresa após reestruturá-la (os antigos acordos coletivos não se aplicam ao comprador) ou a liquidação de seus bens.
2 – A cisão da empresa em duas (ou três) novas, uma aérea e outra de serviços terrestres, também com novos acordos coletivos.
3 – A rápida redução da empresa e a venda de seus ativos separadamente: os aviões para as novas entrantes no mercado, os simuladores, a área de manutenção e a empresa de serviços de solo para outros.
Tentando não se voltar contra todos os funcionários, Macri afirma reconhecer que “a maioria são excelentes profissionais e bons trabalhadores”, mas os define como “reféns de poucos que não querem que a empresa funcione”.
“A Aerolíneas Argentinas tem ativos humanos de primeira linha e materiais de interesse substancial para competidores do setor aéreo: aviões, oficinas, infraestrutura, simuladores”, aponta Macri.
“Em um setor em crescimento e com a entrada de novas empresas, os funcionários altamente profissionais da Aerolíneas (que são a maioria) encontrarão rapidamente oportunidades“, acrescentou, mencionando como exemplo a VARIG, a companhia aérea brasileira que chegou ao fim durante o primeiro mandato de Lula, cujos funcionários se integraram nas companhias aéreas “que hoje voam mais rotas e são mais acessíveis para a população”.
“Há dois caminhos diante de nós. Um é um país conectado, com opções e passagens baratas, onde milhares de pessoas podem subir pela primeira vez em um avião e onde os argentinos se reencontram com suas famílias em cada uma das províncias sem custar um centavo à sociedade; o outro é um país onde Biró e seus sócios continuam controlando nossas vidas com o dinheiro dos nossos bolsos para manter seus benefícios. Qual vamos escolher?”, concluiu categoricamente Macri.
LA ESTAFA DE AEROLÍNEAS ARGENTINAS
— Mauricio Macri (@mauriciomacri) September 19, 2024
Por el bien de todos los argentinos, lo que necesita Aerolíneas Argentinas es un plan de desarme urgente. La situación actual es una ruina sin salida. Los convenios colectivos de APLA (pilotos); APTA (mecánicos y despachantes) y AAA…
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