Citando Boeing abatido em 2014, Zelensky fala sobre Embraer derrubado na Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se manifestou sobre o acidente envolvendo o Embraer E190 da Azerbaijan Airlines.

O líder da Ucrânia expressou solidariedade ao presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, e ao povo azeri, em uma mensagem publicada na rede social X: “Cada vida humana é valiosa, e toda perda de vidas merece uma investigação completa para estabelecer a verdade”.

Zelensky destacou que as evidências visuais do local do acidente apontam para a responsabilidade da Rússia na tragédia. Ele alertou ainda para possíveis tentativas russas de distorcer os fatos, citando o caso do voo MH17, abatido em 2014.

Neste caso de 10 anos atrás, quando o presidente da Ucrânia era Petro Poroshenko, um Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido por uma bateria antiaérea russa do tipo Buk M1, operada por separatistas pró-Rússia. Na época, câmeras de trânsito mostraram o movimento do armamento na região, indo e vindo da Rússia, com as datas coincidindo com o dia 17 de julho, quando o 777 foi derrubado. Outras provas envolvem a comunicação entre tropas russas sobre a confusão dos operadores do sistema que dispararam no Boeing acreditando ser um avião de ataque Sukhoi Su-25 da Ucrânia.

Neste caso, assim como na queda do Embraer Legacy com o ex-líder do grupo Wagner, e nos dois abates Boeings da Korean Air na era soviética, o governo de Moscou nega o envolvimento em todos os crimes contra a aviação civil, apesar de farta evidência contrária.

O presidente ucraniano afirmou que, caso seja novamente comprovado que a Rússia disparou o míssil, será necessário intensificar a pressão internacional sobre Moscou para garantir que a verdade seja estabelecida e os responsáveis sejam punidos.