Servidores públicos podem voar novamente na classe executiva de aviões, decreta Bolsonaro

Servidores do alto escalão do governo federal agora poderão comprar passagem na classe executiva em voos internacionais, após decreto emitido pelo presidente Jair Bolsonaro.

Divulgação – Azul

O decreto, assinado hoje (12) por Bolsonaro e Paulo Guedes, Ministro da Economia, determina que alguns servidores, incluindo ministros e representantes de alta autoridades, podem viajar na executiva. A prática não era proibida, mas a diferença do bilhete deveria ser paga pelo servidor, após um decreto do ex-Presidente Michel Temer, que limitou o reembolso de viagens a serviço para a classe econômica, independente da duração do voo ou itinerário.

Agora, o caixa do governo pagará para o servidor de alto escalão que desejar viajar na classe executiva de um voo, desde que este seja superior a sete horas de duração. As passagens na executiva, por oferecerem maior espaço, conforto e alimentação diferenciada, custam em média de três a cinco vezes mais que na econômica, a depender da rota, serviço oferecido e companhia aérea.

O decreto define que o benefício poderá ser usado por “Ministros de Estado; Servidores ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança de nível FCE-17, CCE-17 ou CCE-18 ou equivalentes; ou servidores que estejam substituindo ou representando as autoridades referidas nos incisos I e II.”

A justificativa dada pelo planalto é a falta de ergonomia na classe econômica, a fim de evitar a redução da capacidade de trabalho dos servidores após o desembarque e a sua saúde durante a viagem. O decreto já está em vigor.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias