Colômbia e o boom de novas rotas aéreas

Nos últimos dias, a Colômbia experimentou um aumento significativo de novas rotas domésticas e internacionais que tornam este mercado um dos que mais crescem no continente. Foram várias as companhias aéreas que anunciaram o início de voos e/ou os seus planos de operação em novas rotas onde, das quais, sem dúvida, a Viva foi a que mais se destacou com o seu mega plano de expansão internacional.  

A low-cost solicitou à Aeronáutica Civil a licença de operação em mais de 30 rotas internacionais; 16 para os Estados Unidos, quatro para o México, três para a República Dominicana e também para o Peru, dois para El Salvador e Panamá cada um; e uma rota para o Brasil, Guatemala e Aruba, respectivamente, informou o nosso parceiro Aviacionline.

Essa estratégia está amparada nos bons resultados que vem apresentando após a reabertura dos céus no país. Em 2021 a Viva transportou mais de dois milhões de passageiros na Colômbia, o que consolida o segmento de baixo custo no mercado. 

Por outro lado, a LATAM também fez um pedido formal à Aeronáutica Civil para operar cinco novas rotas nacionais; Cali – Montería, Cali – Pasto, Leticia – Medellín, Cartagena – Pereira e Medellín – Pereira. Essas rotas significam que a LATAM, a partir de hoje, já ultrapassa 100% os níveis de operação pré-pandêmica do país, e dá um passo em direção ao sul do país com as rotas para Pasto e Letícia.  

Já a Avianca não ficou muito atrás e anunciou a retomada da rota Bogotá – Lima a partir de 1º de dezembro. Com este anúncio, a companhia aérea completa uma oferta de 99 rotas, mais de 2.680 voos semanais e cerca de 400.000 assentos semanais. 

A esses anúncios juntou-se a Volaris, que inaugurou oficialmente sua operação na Colômbia na quarta-feira, 6 de outubro. A low-cost mexicana voará de Bogotá para a Cidade do México e Cancún. 

Finalmente, a Spirit Airlines iniciou seus serviços no Aeroporto Internacional de Miami, que será a base para a expansão internacional da empresa para os principais mercados, incluindo a Colômbia, onde oferecerá voos para Bogotá, Medellín, Barranquilla e Cali. 

O interesse das companhias aéreas pelo mercado colombiano é um sinal do desenvolvimento do país como um mercado aéreo estratégico e cujos resultados têm sido positivos até o momento.  

Ainda há uma recuperação necessária no mercado internacional. Após um ano da reabertura dos céus no país, 62% dos assentos e 60% das frequências internacionais que se registravam antes da pandemia se recuperaram.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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