Com apenas 55 passageiros, B787 faz voo de 11 horas e não chega ao destino

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Um voo de um Boeing 787 chamou a atenção na última semana após voar 11 horas e não chegar a seu destino. Pelo contrário, depois de toda a jornada, os passageiros acabaram entregues de volta ao aeroporto de origem devido a um problema.

Avião Boeing 787-9 Air New Zealand
Boeing 787-9 da Air New Zealand – Imagem: Boeing

Segundo dados do The Aviation Herald, o voo de número NZ75 decolou de Auckland, na Nova Zelândia, para Seul, na Coreia do Sul, na última sexta-feira dia 19 de março com apenas com 55 passageiros. Já voando sobre o Oceano Pacífico, o Boeing 787-9 Dreamliner de prefixo ZK-NZI apresentou uma falha que afetou 2 de seus 3 computadores de navegação.

Voando há quase cinco horas e meia, a tripulação do voo resolveu então retornar ao Aeroporto de Auckland, realizando meia volta logo após sobrevoar a Ilha Manus. Após pouco mais de cinco horas desde o retorno, totalizando cerca de 11 horas de voo, a aeronave pousou em segurança. No voo padrão, o destino é atingido em média em 11 horas e 40 minutos.

Os dois computadores de navegação que falharam foram os principais, e a volta da aeronave foi feita com o computador de “backup”, disponível exatamente como redundância para o caso de perda dos principais.

O momento em que o B787 iniciou a volta para a origem – Imagem: RadarBox

Possivelmente a aeronave não alternou para outros aeroportos que estavam mais próximos de sua rota porque, além de haver o equipamento de backup plenamente funcional para o retorno seguro, a maior base de manutenção da Air New Zealand ficar no Aeroporto de Auckland, que é sua sede operacional, facilitando a solução da pane. Adicionalmente, com as restrições da Covid-19, um pouso em outro país poderia representar contratempos para a continuidade dos passageiros até o destino.

Com a pandemia, a Air New Zealand realiza apenas um voo de passageiros por mês para a capital da Coreia do Sul, mas os 55 passageiros conseguiram realizar o voo depois que um segundo Boeing 787-9 foi colocado para realizar a travessia até Seul no dia seguinte, após 34 horas de atraso.

O segundo B787 partindo para o voo até o destino – Imagem: RadarBox

O Boeing 787-9 que sofreu falhas em seus computadores de bordo teve seus problemas resolvidos rapidamente e voltou às operações no dia seguinte.

Essa não é a primeira vez que uma aeronave de passageiros realiza 11 horas de voo e não chega em seu destino. Em 2019, por exemplo, um Boeing 747-400M da KLM decolou de Amsterdã com destino à Cidade do México, mas precisou retornar ao aeroporto de partida após cinzas de um vulcão impossibilitarem a aeronave de realizar o pouso no México.

Relembre o caso do voo da KLM:

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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