Com as festas de fim de ano, FAA alerta sobre risco de lasers natalinos à aviação

Imagem: FAA

Com a temporada de férias nos Estados Unidos e as festas de Natal e Ano Novo chegando, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos quer ter certeza de que as ponteiras lasers estarão voltadas para casa, e não para o céu. Todos os anos, a agência recebe relatos de pilotos que são distraídos ou temporariamente cegos por laser direcionados para suas aeronaves. 

A FAA alerta que mesmo em uma tentativa bem-intencionada de espalhar a alegria do feriado, o laser tem o potencial de criar um sério risco à segurança de pilotos e passageiros em aviões que sobrevoam. Ela pede para que as pessoas se certifiquem de que todas as luzes laser estejam direcionadas para a casa, e não apontando para o céu, pois os feixes de luz laser extremamente concentrados chegam muito mais longe do que se pode imaginar.

Se a agência tomar conhecimento sobre a luz laser estar afetando os pilotos, ela pedirá que seja ajustado ou desligado. Se o display de luz laser continuar a afetar os pilotos, apesar de avisos, a pessoa poderá enfrentar uma penalidade civil. 

A FAA trabalha com agências policiais federais, estaduais e locais para aplicar penalidades civis e criminais contra indivíduos que apontam propositalmente um laser para uma aeronave. As penalidades civis podem ser de até US$ 11.000 (cerca de R$ 61.500) por violação. Penalidades de até US$ 30.800 (cerca de R$ 172 mil) foram impostas pela FAA contra indivíduos que promoveram vários incidentes seguidos.

Apontar intencionalmente um laser para uma aeronave é um sério risco à segurança e viola a lei federal. Muitos lasers de alta potência podem incapacitar completamente os pilotos que estão tentando voar com segurança para seus destinos e podem transportar centenas de passageiros.

No Brasil

No Brasil, de acordo com o Artigo 261 do Código Penal Brasileiro, “Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea” é uma ação passível de pena de “reclusão, de dois a cinco anos.”

Não diferente dos Estados Unidos, o Brasil também sofre com o mesmo problema, no qual pessoas que geralmente estão próximos a rotas de pousos e decolagens brincam de apontar estas ponteiras de laser em aeronaves.

No caso mais recente noticiado pelo AEROIN no final de outubro, um piloto que se aproximava para pouso no Aeroporto de Chapecó (SC), foi atingido por um raio laser, que durou cerca de 10 segundos. Para saber mais detalhes sobre esta ocorrência, basta clicar aqui.

Com informações da FAA

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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