Com discurso de Trump, reservas de passagens aéreas entre Canadá e EUA caem até 70%

O efeito Trump chegou à aviação e o tráfego entre os dois países da América do Norte deve sofrer uma queda brusca.

Desde que assumiu seu segundo mandato, em 20 de janeiro, Donald Trump tem afirmado que o Canadá recebe benefícios injustos e deveria ser taxado mais, além de sugerir a possibilidade de o país se tornar um estado americano.

A situação levou o governo canadense a responder com tarifas de importação recíprocas contra os EUA e gerou um sentimento antiamericano, que já começa a impactar o setor aéreo.

Na semana passada, a United Airlines reduziu voos da capital Washington D.C. para duas cidades canadenses e suspendeu uma nova rota entre Toronto e Los Angeles, que seria criada para atender à demanda do verão.

Do lado canadense, a WestJet cancelou o lançamento da rota de Calgary para o Aeroporto LaGuardia, em Nova York, e confirmou a suspensão do voo entre Edmonton e Orlando.

Agora, dados divulgados pela consultoria especializada OAG mostram um cenário ainda pior: o número de reservas feitas em março para os meses seguintes está até 70% menor em relação ao mesmo período do ano passado.

A maior queda ocorre nos meses mais próximos: abril, maio e junho registram uma redução entre 71% e 75% nas reservas feitas em março. Por outro lado, a oferta de assentos permanece praticamente inalterada, com uma pequena redução de 3,5% nos meses finais do verão, em julho e agosto.

Até o momento, nenhuma companhia aérea se pronunciou oficialmente sobre os cortes, que foram percebidos apenas por passageiros que já haviam adquirido bilhetes e pela mídia especializada que monitora a programação de voos.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

Veja outras histórias