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Com óculos de visão noturna para driblar a escuridão, FAB usa Black Hawk para resgatar criança yanomami

Imagens: Força Aérea Brasileira

Em operação executada pelo Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), por meio de aeronave H-60L Black Hawk do 5º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação (5º/8º GAv) da Força Aérea Brasileira (FAB), uma criança yanomami, com cerca de um ano de vida, foi resgatada nesta semana, informou a FAB na noite desta quinta-feira.

O deslocamento foi realizado de Surucucu até a Base Aérea de Boa Vista (BABV), na noite da quarta-feira, 5 de abril, em decorrência de doença respiratória, que levou à necessidade de evacuação aeromédica com urgência.

De acordo com os tripulantes da aeronave, a criança recebeu os primeiros atendimentos no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), instalado em Surucucu. Porém, devido à impossibilidade, naquele dia, de atendimento adequado por parte da Unidade, foi necessário o acionamento do Esquadrão, que se encontrava nas proximidades.

O 5°/8° GAv, designado à entrega de cestas básicas na data do fato, recebeu o acionamento por volta das 18h, momento em que havia encerrado suas atividades e efetuava o retorno à BABV.

Apesar das dificuldades impostas pela escuridão, já que a pista de Surucucu não possui iluminação para operação noturna, a evacuação foi bem sucedida em virtude da utilização do equipamento de visão noturna, o NVG (do inglês, Night Vision Goggles, ou Óculos de Visão Noturna).

Cena ilustrativa de uso de óculos de visão noturna – Imagem: Marinha do Brasil

“É um sentimento ímpar poder ajudar a comunidade indígena que está necessitada. A gente treina justamente para isso, para quando a população precisar, a gente estar pronto para cumprir a missão, independente do horário e da situação em que esse pessoal estiver”, expressou, ao participar do resgate, o Tenente Thiago Henrique Pereira da Silva, do 5°/8° GAv.

A ação rápida do Esquadrão permitiu o cumprimento da missão. A aeronave decolou de Surucucu por volta de 19h40 e chegou a Boa Vista após uma hora e meia de viagem. Este deslocamento é considerado célere, levando em consideração as condições, a distância e o horário.

Ao chegar à BABV, a criança, acompanhada da mãe, da irmã e assistida por uma médica cedida pelo DSEI, foi encaminhada, pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), ao Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA).

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