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Com quase 50 anos, EUA não querem aposentar o caça F-16 tão cedo

A “Víbora” mais famosa do inventário americano irá ultrapassar a faixa dos 50 anos e deve seguir além, já que os EUA não querem aposentá-la tão cedo.

U.S. Air Force photo by Staff Sgt. Christopher Boitz

A primeira decolagem do F-16 Viper (ou Víbora, em inglês), aconteceu em 1974, mais de 48 anos atrás, e desde então ele tem dominado os céus dos EUA e seus aliados, sendo o caça a jato moderno de maior produção do mundo.

Denominado oficialmente de Fighting Falcon, o F-16 se tornou o caça médio ideal para várias forças aéreas aliadas e se mostrou uma plataforma polivalente, podendo cumprir dezenas de funções e receber uma gama de atualizações, sem comprometer sua performance e defesa.

A tentativa de substituí-lo por um caça que fosse tão versátil quanto, sem ter grande custos, não tem sido tarefa fácil e a USAF, a Força Aérea dos EUA, seguirá a máxima que diz que “não se mexe em time que está ganhando”.

“Nós antecipamos que centenas dos nossos F-16 estarão em serviço ainda nas próximas décadas”, afirmou o Coronel Tim Bailey, Chefe do Programa de Administração do Ciclo de Vida do F-16 na USAF, segundo reporta a AirForceMag.

Note-se que o caça “invisível” F-35A tem substituído o F-16 em algumas missões, como de controle e domínio do espaço aéreo e ataque aéreo em território contestado, mas apenas de maneira parcial.

U.S. Air Force photo/Tech. Sgt. Nicholas Rau

A baixa frequência de conflitos aéreos e o custo alto dos caças invisíveis ao radar, tem feito a USAF ficar com caças mais antigos, mais baratos, mesmo que sejam mais expostos, já que o inimigo mais recorrente, os terroristas, não tem capacidade de derrubá-los. Com isso o trio Falcon, F-15 Eagle e A-10 Warthog continuarão sendo a espinha dorsal da Força Aérea Americana.

O substituto oficial do F-16 será o MR-F, ou Caça Multifunção em inglês, mas o projeto ainda está no conceito inicial e não se tornará realidade antes da próxima década. Outra opção seria armar o T-7 Redhawk, o novo jato de treinamento desenvolvido pela Boeing e SAAB.

Por enquanto, nada está nos planos mais imediatos, já que a USAF quer um pacote completo. “O F-16 fornece a capacidade ideal para a nossa Força Aérea: Muitos caças que cumprem todas as necessidades do Comandante de Batalha. Tem que ser algo relevante, não apenas (um substituto) do F-16 de hoje”, afirma o oficial.

A ideia é que o avião que venha a tomar o lugar do Falcon seja tão completo e abrangente como ele, sendo literalmente um avanço para os americanos.

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