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Com slogan ‘Feito na América’, jato Airbus é oferecido novamente aos EUA

A disputa entre Airbus e Boeing por espaço na Força Aérea Americana (USAF) não acabou com a escolha do 767 como avião-tanque, ao contrário, agora está num novo patamar.

Lockheed Martin photo by Brandon Stoker

A Força Aérea dos EUA (USAF) lançou meses atrás o programa KC-Y, que visa a substituir aviões antigos que fazem reabastecimento em voo e cumpram missões de comando e controle. Este programa servirá como um tampão entre o programa KC-X, que o Boeing 767-200 modificado e denominado KC-46A ganhou, e o programa KC-Z, que quer uma plataforma totalmente inovadora para missão de reabastecimento em voo.

A briga das duas fabricantes vem de longa data, já que a USAF deu como vencedora a Airbus com o A330MRTT (versão modificada do A330-200), mas depois voltou atrás, abriu nova licitação e deu a Boeing como ganhadora.

O caso, na época, foi motivo de críticas, já que naturalmente o A330 é maior e tem maior capacidade que o 767, mas o favorecimento da Boeing pesou, e muito. Hoje, o KC-46A está atrasado e com bastantes problemas, sendo de novo alvo de críticas dos próprios militares de alto escalão.

Enquanto a Boeing oferecerá novamente o KC-46 para esta nova competição, a Airbus voltou a fechar parceria com a Lockheed Martin para oferecer o A330MRTT, mas agora será chamado de LMXT (Lockheed Martin Xtrategic Tanker). A estratégia é não utilizar a marca Airbus e sim da Lockheed Martin, maior fornecedora militar do governo americano e que tem uma sólida reputação. Outro objetivo é oferecer um avião ainda melhor, já que agora o A330MRTT será capaz de levar 12 toneladas de combustível a mais que a versão anterior, e 27 toneladas a mais que o KC-46.

Não está claro como essa capacidade extra foi obtida, já que continua sendo o mesmo A330-200 modificado de antes, sem novas asas ou motores, mas a aposta está mais forte desta vez.

No vídeo de divulgação abaixo, a Lockheed usou e abusou de imagens aéreas do A330 reabastecendo caças de última geração como o F-22 Raptor e F-35 Lightining II, e coloca a frase “feito na América, por americanos, para americanos” para dar uma sensação de orgulho nacional, apesar do que o jato em si será fabricado em Toulouse, na França, como sempre foi.

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