A banda U2 reiniciou, agora em novembro, sua turnê Joshua Tour 2019, após um hiato de dois anos. Nela, segundo o neo-zelandês NewsHub, pelos próximos 18 meses o grupo irlandês passará por diversas cidades da Nova Zelândia, Japão, Austrália, Coréia do Sul, Cingapura, Filipinas e Índia levando suas canções que, reconhecidamente, transmitem mensagens de protesto em favor da igualdade entre os homens e da proteção ao meio ambiente.
Mas é exatamente na questão ambiental que nasceu uma grande polêmica, já que um grupo de ambientalistas andou fazendo as contas do quanto o U2 emitirá de dióxido de carbono nesse tour e comparou-o a viagens de outros artistas globais.
E o resultado foi bastante criticado, já que o Joshua Tour tem um mote de proteção do meio ambiente e, nessa mesma turnê, tem dado voz e prestado homenagens à Greta Thurnbeg e outros personagens ligados à causas de proteção da natureza. No entanto, os ambientalistas acham que o U2 tem falado demais e feito de menos, já que está levando consigo um equipamento monumental em três grandes aeronaves.
U2 e os Boeings da discórdia
O Boeing 757 que a banda está utilizando na turnê 2019 é alugado da empresa JetMagic e tem prefixo 9H-AVM. Além de carregar em si a pintura especial em promoção ao Joshua Tree Tour 2019 ela leva também um punhado de polêmicas.
Isso porque, apesar do grande tamanho, ele não tem capacidade de carregar sozinha as 390 toneladas de equipamentos que compõem o ambiente de show e palco da banda e, portanto, foi necessário o suporte de dois Boeing 777F, contratados da Emirates Skycargo.
Com isso, segundo dados da carbonfootprint.com estima-se que o U2 e suas aeronaves percorrerão uma distância de 112.000 km durante o tour de 18 meses e que 65.000 toneladas de emissões de carbono serão criadas pela turnê da banda. Esses números são muito maiores do que turnês de outros artistas globais, um exemplo dado pelo site foi a turnê de Madonna que, apesar de uma comitiva de mais de 250 funcionários, produziu “apenas” 1.635 toneladas de carbono.
Um porta-voz da Carbon Footprint disse que as emissões da turnê do U2 equivalem a usar um dispositivo elétrico para ouvir a música “Rattle e Hum” repetidamente por 150.000 anos.
