Após motores voltarem do conserto, voos de teste do Boeing 777X podem começar em breve

Três meses depois de irem para o conserto, os motores General Eletric GE9X do 777X estão de volta à Boeing, para finalmente trazer o gigante aos céus.

GE9X Boeing 777X
GE9X equipado no Boeing 777X

Como informamos em agosto passado, os motores GE9X do colossal 777X, o maior avião bimotor de todos os tempos, enfrentaram problemas no compressor de alta. O problema seria um desgaste prematuro nas palhetas fixas (vanes) do compressor de alta pressão.

A General Eletric, que fabrica o motor, consertou esse problema e os devolveu no último dia 18 para a Boeing. Apesar da “agilidade” da GE, o 777X só deve decola mesmo no início de 2020 e só será entregue em 2021 conforme a Boeing confirmou ontem. No entanto, a conclusão do processo na GE foi vista como um alento ao projeto que já pode avançar novamente.

De agora até a virada do ano o avião irá passar novamente por testes em solo, seja parado no pátio ou em táxi. Estes testes foram feitos em junho mas terão que ser repetidos para garantir que os problemas encontrados foram solucionados.

O segundo problema que o 777X enfrentou foi uma explosão durante os testes de pressurização, onde uma porta teria estourado na frente dos técnicos da FAA que faziam a certificação da aeronave. Ninguém ficou ferido mas gerou mais atrasos no jato.

Ajuda “soviética”

An-124 Ruslan, o segundo maior modelo da família de gigantes da ANTONOV

O GE9X é o sucessor direto do GE90 que equipa os 777F, 777-200LR e 777-300ER de gerações atuais. E assim como seu antecessor, quebrou recordes e se tornou o maior motor turbofan do mundo.

Desse modo, para levar este gigante é necessária uma ajuda de peso, mais especificamente da era soviética. Como o motor não cabe no Boeing 747, foi necessário recorrer à ajuda da aérea russa Volga-Dnepr. A empresa opera o ucraniano Antonov An-124, segundo maior cargueiro do mundo após o An-225. O quadrijato soviético voou da fábrica da GE em Ohio para Washington, onde a Boeing é instalada.

Apesar de não confirmado, o An-124 teria levado os quatro motores em uma só viagem, mostrando sua grande capacidade de cargas seja em peso ou volume.

Com informações da AviationWeek

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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