Certificado como tipo na semana passada, o novo jato de passageiros chinês COMAC C919, que virtualmente concorre com os aviões ocidentais Boeing 737 e A320, ainda tem uma longa estrada a percorrer. Antes de sua entrada em serviço, o C919 ainda precisa obter o certificado de aeronavegabilidade e certificado de produção.
Com os primeiros passos sendo dados, agora a indústria chinesa precisa lidar com a capacidade produtiva e os compromissos de entrega.
Um avanço importante neste sentido deve ser dado ainda este ano. Isso porque a cliente lançadora do modelo, a China Eastern, divulgou um relatório informando que pelo menos um exemplar de série será ainda em 2022. No total, a companhia possui cinco encomendas do jato, que serão operados pela subsidiária OTT Airlines.
Hoje, o C919 tem mais de 800 pedidos, mas apenas 188 deles são encomendas firmes (isto é, confirmadas) e 95% delas para empresas chinesas. Outras que têm unidades encomendadas são a Air China e a China Southern Airlines.
O narrowbody é equipado com motores CFM International LEAP-1C. A dependência de fornecedores ocidentais tornou a COMAC suscetível às sanções comerciais dos EUA, que retardaram o desenvolvimento. O COMAC é atualmente designado pelos EUA como UBO militar, ou seja, tem fins militares.
