Uma ocorrência com um Boeing 737 em um voo comercial de transporte de passageiros levou a companhia aérea a decidir pela suspensão do comandante após falhar em seguir procedimentos.
Segundo informações obtidas pelo The Aviation Herald, a aeronave envolvida no incidente foi o Boeing 737-800 registrado sob a matrícula HL8089, operado pela empresa aérea coreana Jeju Air, quando estava realizando o voo de número 7C-133 no dia 14 de agosto deste ano.
O jato havia decolado do Aeroporto Internacional Gimpo, em Seul, com 138 pessoas a bordo, e estava se aproximando da pista 07 do Aeroporto Internacional Jeju, em Jeju-do, quando o primeiro oficial (também chamado de copiloto) pediu uma arremetida abaixo de 1000 pés (304 metros) em relação ao nível do solo (AGL – Above Ground Level) devido ao trem de pouso ainda não ter sido abaixado e aos flaps ainda não estarem posicionados.
O comandante, entretanto, estendeu o trem de pouso e os flaps e seguiu até o pouso, que ocorreu de maneira segura.
Após a ocorrência, a companhia aérea relatou que a verificação dos dados do gravador de acesso rápido (QAR – Quick Access Recorder) confirmou que os flaps e trem de pouso foram estendidos somente abaixo de 1000 pés AGL, portanto, a ação deveria realmente ter sido a arremetida.
Isso porque os procedimentos operacionais padrão da empresa exigem que o trem de pouso e os flaps estejam em posição no máximo a 1000 pés AGL durante a descida de aproximação.
O comandante, entretanto, justificou que estava preocupado com o fato de que, se o pouso fosse atrasado por uma arremetida, eles precisariam desviar para o Aeroporto Internacional Incheon, em Seul.
Não há maiores detalhes sobre qual o motivo dado pelo piloto para tal afirmação. Os dados meteorológicos (METAR) dos horários próximos ao incidente não indicam condições adversas de visibilidade ou de vento.
Segundo o Newsdirectory3, a Jeju Air disse: “Como os padrões internos de segurança dos passageiros não foram observados, o comandante e o copiloto foram excluídos imediatamente da escala de voos após o incidente, e o comitê de pessoal emitiu uma ação disciplinar contra o piloto, incluindo uma proibição de voo de um mês.”