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Uma comissária de bordo da Delta Airlines está processando a companhia aérea sob a alegação de ter sido demitida apenas por reagir a um ataque que teria sofrido no Facebook. Kiersten Bak, 26, afirma que se defendeu de um homem que a chamou de burra na internet e o caso chegou à alta gestão da empresa.
Segundo o portal Paddle Your Own Kanoo, a demissão de Kiersten ocorreu no começo de outubro, oito meses depois da contratação. A comissária conta que estava sendo perseguida nas redes sociais por um homem que discordava dos posicionamentos políticos dela. A jovem tem um negócio paralelo de vendas de roupas com mensagens feministas e de apoio ao presidente eleito dos EUA, Joe Biden.
Kiersten utilizava em suas redes sociais uma foto de perfil em que vestia um uniforme da companhia. Ela diz sempre ter ignorado as ofensas que recebia em sua página, mas no dia 29 de agosto optou por publicar um print de uma ofensa com uma resposta a um homem que a chamou de burra.
A mensagem dela dizia: “Imagine ter o ego de um homem branco na América. Não tenho ideia de quem é esse cara, é apenas algum ser aleatório que me enviou uma mensagem e imediatamente me bloqueou para que eu não pudesse responder”, seguida por alguns emojis.
Enrosco
O Buzzfeed complementa, dizendo que o homem que enviou a mensagem teria visto a resposta e percebeu que ela era uma comissária de bordo da Delta. Ele enviou uma reclamação para a companhia aérea e Bak foi convocada para uma reunião, vindo a ser posteriormente demitida em 7 de outubro.
Segundo ela, gerentes da companhia a teriam questionado sobre uma série de postagens e interações no Facebook e perguntaram se ela tinha a mesma opinião de todos os homens brancos na América. Pouco tempo depois, ela foi demitida por, segundo a empresa, violar a política de mídia social da Delta com o que a companhia aérea descreveu como “postagens insensíveis e ofensivas”.
Bak foi a público e chamou a Delta de hipócrita por apoiar publicamente movimentos de igualdade racial como Black Lives Matter, mas depois tomar o partido de um homem branco em vez de um “funcionário que não fez nada de errado”.
Delta fala
Em uma declaração à imprensa sobre o caso, um porta-voz da Delta disse que a versão de Kiersten Bak não é a explicação completa sobre o caso.
“A Delta é uma empresa orientada por valores e nossos funcionários sabem e entendem que são representantes de nossa marca no trabalho e por meio de sua conduta nas mídias sociais e outros fóruns públicos. Quando os funcionários da Delta combinam a marca da Delta com conduta ou conteúdo que não reflete nossos valores de profissionalismo, inclusão e respeito, essa conduta pode resultar em sanção disciplinar ou demissão”.
A política de mídia social da Delta que embasou a demissão é criticada pela Associação Internacional de Profissionais Aeroespaciais após ter sido introduzida em 2018. Para a organização, foi redigida de forma muito ampla com o potencial de “ser mal interpretada para restringir atividades legais”.
Também contou com informações do View From The Wing.
