Uma comissária de bordo chefe de cabine foi presa pela polícia aeroportuária argentina, após itens luxuosos de procedência duvidosa serem encontrados em sua bagagem de mão.
O caso aconteceu no dia 23 de setembro no Aeroporto Internacional de Ezeiza, em Buenos Aires, capital da Argentina, mas só veio à tona agora, após a divulgação do processo.
A tripulante, que trabalha há 28 anos na companhia aérea American Airlines, foi identificada como Laura Diana Schulz, de 58 anos e natural de Bariloche. Ela estava pronta para embarcar no voo AA900 que partiria de Buenos Aires com destino a Miami, nos Estados Unidos.
No entanto, ao passar pelo raio-x, alguns objetos que estavam em sua mala despertaram a atenção das autoridades. Com a suspeita, a polícia obteve um mandato para revistar sua bagagem e então tiveram a grande surpresa.
Ao abrir a mala, as autoridades se depararam com barras e joias de ouro, totalizando cerca de 2.204 gramas, relógios da Rolex, US$ 11.413,33 (cerca de R$ 62.000), 19.377 pesos argentinos (cerca de R$ 1.000), 292.000 pesos colombianos (cerca de R$ 420) e moedas antigas.
De acordo com o site argentino Télam, após ser presa em flagrante por contrabando e se negar a comentar sobre os objetos, Laura disse em carta que todo o dinheiro encontrado na mala era dela mesma, e as joias e barras de ouro faziam parte de uma herança familiar, apesar de não ter uma documentação que provasse o fato.
Para o juiz Aguinsky que acompanha o caso, a mulher agiu de má-fé, sabendo das consequências, e teria se aproveitado da experiência que tinha durante suas travessias de fronteiras como comissária para se livrar da fiscalização.
“Não é lógico que quem já trabalhou em uma companhia aérea por 28 anos e, por isso, conhece a regulamentação específica em vigor, pretenda cruzar as fronteiras com a quantidade de dinheiro, barras e folhas de ouro, joias e relógios que foram apreendidos, sem risco de ser descoberta, circunstância que reflete a vontade clara e única de proceder de forma ilícita, acreditando que ela poderia, com seu profissionalismo, habilidade e uniforme, contornar com sucesso o devido controle aduaneiro”, disse o juiz.
Além disso, dentre as provas coletadas, diversas conversas no aplicativo de mensagens WhatsApp foram encontradas e provam que a comissária mantinha contato com destinatários que enviaram pedidos de contrabando.
O juiz do caso decidiu processar a comissária, sem prisão preventiva, por “tentativa de contrabando de moeda, barras de ouro, joias e relógios”, após ser totalizado US$ 111.563 (mais de R$ 600.000) em itens apreendidos.
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