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Comissária de voo ganha quase R$ 430 mil após escorregar no fluido de degelo do avião

Divulgação: Ryanair

A comissária de voo Fiona Nangle, 40, da Ryanair, foi indenizada em mais de € 84 mil (aproximadamente R$ 430 mil pela paridade atual das moedas), depois de sofrer uma lesão grave no braço quando escorregou no fluido de degelo durante um voo de Dublin para Varsóvia em fevereiro de 2018.

O que houve

Nangle estava sentada na frente da aeronave, do modelo Boeing 737, no que deveria ter sido um voo de rotina de Dublin para Varsóvia. Devido às condições frias naquela manhã, as asas da aeronave foram descongeladas e parte do fluido escorreu para o pátio, onde os passageiros caminham para embarcar na aeronave. Como resultado, os viajantes acabaram levando o fluido para dentro da aeronave por seus calçados.

Logo após a decolagem e depois que os pilotos sinalizaram que era seguro para a tripulação deixar seus assentos, a Nangle se levantou e foi para a cozinha a fim de preencher alguns papéis. Ela disse ao tribunal que, ao pisar na cozinha, escorregou. Ela teria tentado agarrar-se a algo para evitar que ]caísse, mas, de acordo com o Irish Times, não teve jeito.

Nangle sofreu uma fratura no braço direito que exigiu cirurgia e a deixou imóvel por vários meses.

Ryanair pôs a culpa na comissária

O juiz Alexander Owens, do Supremo Tribunal Irlandês, rejeitou o argumento da empresa aérea de que a tripulante foi responsável pelo acidente porque ela não olhou para a presença de fluido de degelo que os passageiros levaram para dentro da aeronave enquanto embarcavam, relatou o site Irish Examiner. A empresa alegou também que, como supervisora naquele voo, ela deveria ter observado o fluido.

No entanto, a empresa mesmo não acreditou no que alegou, pois, apesar de culpar a comissária, emitiu uma circular à tripulação de cabine no dia seguinte ao acidente, alertando a equipe sobre os perigos de escorregar e para que estivesse atenta a fluido, que poderia ser levado para dentro da aeronave por passageiros.

Os advogados de Nangle argumentaram que, se a Ryanair tivesse enviado o memorando antes, ela não teria se machucado.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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