Comissária de voo pede R$ 16 milhões após marido morrer de Covid-19

Uma comissária de voo da empresa americana Southwest Airlines está processando a companhia em um valor equivalente a mais de R$ 16 milhões após perder seu marido para o Coronavírus.

Foto de JBabinski380

O processo está sendo movido em Baltimore, no estado americano de Maryland, onde Carol Madden, de 69 anos, mora. Ela trabalha pela Southwest desde 2016 e afirma que seu marido morreu por causa de seu trabalho na companhia aérea.

Segundo ela, Bill Madden, que tinha 73 anos e era um militar e sinaleiro de ferrovias aposentado, buscou-a no Aeroporto de Baltimore, onde ela fez um treinamento em solo em julho passado. Seis dias depois, o casal começou a passar mal e testaram positivo para o Coronavírus. Mas Bill foi hospitalizado com o nível de oxigênio no seu sangue caindo e a saúde se deteriorando.

Ele foi transferido para a Pensilvânia, mas acabou morrendo semanas depois em decorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave, causada pelo vírus. Segundo Carol afirmou ao jornal USA Today, ela acredita que o marido dela ainda estaria vivo caso a Southwest tomasse, com seus empregados, os mesmos cuidados que toma com os clientes.

“Eles estão limpando os assentos, as entradas de ar, os cintos de segurança, todos os lugares. Mas eles não fizeram isso durante meu treinamento no ano passado”, afirmou a comissária que hoje pede $3 milhões de dólares (R$16 milhões de reais) em indenização pela perda do marido, com quem estava junta havia 35 anos.

Segundo a comissária, que realizou seu sonho de trabalhar nos céus aos 64 anos, uma colega de sala estava com Coronavírus durante o treinamento, mas ela só foi saber disso no dia seguinte. E, quando pediu para ser afastada dos voos para cumprir a quarentena, a empresa afirmou que poderia fazer isso apenas se tivesse comprovadamente testado positivo para o Coronavírus.

A Southwest já colocou sua defesa no processo, onde afirma que tem tomado todos os cuidados, mas que sua responsabilidade não inclui marido e esposas de seus funcionários. A empresa pede para que o caso seja arquivado, já que não teria jeito de saber com precisão onde ocorreu a contaminação.

“As alegações colocadas no processo refletem uma resposta emocional compreensível sobre uma perda pessoal desgastante, mas não refletem algo ajuizável perante a lei”, afirmou a companhia nos autos. O processo corre na corte de Baltimore e a comissária ainda trabalha pela empresa.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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