A empresa Delta Air Lines está sendo acusada de compactuar com o discurso preconceituoso de um grupo de funcionários, que chamava os asiáticos da tripulação de cabine de “mafia chinesa”. A informação foi compartilhada pelo site Padde Your Own Kanoo, especializado em assuntos envolvendo tripulantes de cabine, que acessou um processo judicial movido por uma ex-comissária da empresa.
A ex-tripulante da Delta, uma asiática-americana, alegou que havia uma conversa interna que insinuava que os comissários asiáticos recebiam os melhores voos internacionais. Ela processa a companhia aérea por discriminação racial, retaliação por ter sido demitida após denúncia e discriminação com base em sua origem.
Ela alega no processo que sofreu vários tipos de discriminação por conta de sua raça, enquanto focava em cumprir seu papel como supervisora de tripulação em voos longos.
Descrevendo a suposta animosidade que alguns colegas de trabalho tinham em relação aos asiáticos, a ex-comissária levou as alegações ao seu gerente em abril de 2021, mas acabou sendo questionada por seus hábitos de troca de escalas. Como mãe solteira, a mulher diz que a troca a ajudou a gerenciar seus compromissos familiares.
Após este episódio, ela apresentou uma queixa de discriminação e foi chamada para se encontrar com um gerente mais sênior sobre suas alegações. Durante essa reunião, seu gerente supostamente disse que “a América é um país muito livre e as pessoas podem dizer o que quiserem”, se referindo ao apelido de “máfia chinesa” que os orientais haviam recebido dos demais tripulantes.
Não passou muito tempo até ela ser demitida da empresa. No processo, ela reivindicando danos morais e materiais. A Delta Air Lines não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, embora seja comum das empresas não emitirem notas em casos tramitando legalmente.
