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Comissária de voo processa aérea dizendo que uniforme discriminava as mulheres; ela perdeu

Uma comissária de bordo veterana perdeu uma ação na justiça em que pedia reparação da companhia aérea irlandesa Aer Lingus por alegada “discriminação do uniforme feminino”, que ela disse ser “inapropriado” e a deixou se sentindo “degradada”.

Como cita a matéria do Irish Examiner, a comissária disse que as comissárias mulheres passavam frio porque as mangas do paletó expunham os pulsos e antebraços da tripulação, agravado pelo fato de que a equipe feminina tinha que usar camisas de manga curta e que não havia como usar cardigãs por baixo porque apareciam por baixo do paletó.

Ela também discordou da insistência da Aer Lingus de que a tripulação feminina usasse salto alto, a menos que tivesse uma isenção médica, e reclamou que as meias de náilon eram “anti-higiênicas” e não tão quentes quanto as meias de algodão que a tripulação masculina usava. Ela ainda levantou preocupações sobre a bolsa entregue à tripulação feminina e um corte em forma de pétala na blusa do uniforme que “expõe a pele logo acima do seio esquerdo”.

“É humilhante para a Aer Lingus impor um código de aparência que reforça estereótipos sexistas e sexuais de falta de seriedade e ineficácia em um local de trabalho que exige igualmente fisicamente de homens e mulheres”, dizia a queixa no tribunal.

Em resposta, a Aer Lingus afirmou que havia “procurado uma ligação mais forte entre o uniforme masculino e feminino” durante o processo de design e que um projeto de pesquisa “extensivo” envolvendo as principais partes interessadas, incluindo todos os funcionários da linha de frente, ajudou a informar o design.

Os advogados que representam a companhia aérea argumentaram que um caso de discriminação sexual não pode ser “baseado no que não passa de características de design de um uniforme”. A defesa continuou: “O fato de que um indivíduo pode não gostar de um elemento do sinal não o torna discriminatório”.

Durante uma audiência da comissão, a comissária concordou que o uniforme feminino deveria ser diferente do masculino. Por fim, o oficial de adjudicação Jim Dolan determinou que ela não havia sido discriminado e rejeitou sua reclamação.

O uniforme polêmico

A Aer Lingus revelou seu mais recente uniforme de tripulação de cabine pouco antes da pandemia em janeiro de 2020, a primeira reformulação do uniforme em 22 anos. A principal estilista irlandesa Louise Kennedy foi elogiada na época por retrabalhar o uniforme em uma nova cor e opções de ajuste.

O uniforme apresenta 25 opções de vestimentas diferentes e, pela primeira vez na história da Aer Lingus, as tripulantes femininas foram autorizadas a usar calças junto com uma saia e uma opção de vestido.

Na época, a Aer Lingus se gabava de que o uniforme apresentava elasticidade para um melhor ajuste e camisas e blusas “fáceis de cuidar” destinavam-se a tornar o uniforme mais confortável e fácil de cuidar.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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