Comissárias de bordo da empresa aérea americana Frontier Airlines ganharam na justiça o direito de bombear leite materno, usando dispositivos de lactação durante os voos. A União Americana das Liberdades Civis do Colorado (ACLU) abriu o caso em nome das profissionais alegando que a Frontier discriminou tripulantes grávidas e lactantes. O caso foi iniciado em 2019 e só agora foi resolvido.
As comissárias de bordo alegaram que as políticas da Frontier as forçaram a tirar uma folga não remunerada do trabalho para amamentar, mas por meio de “avanços na tecnologia de lactação” a companhia aérea agora permitirá com que as comissários bombeiem leite no trabalho.
“Fico feliz que as comissárias de bordo que desejam amamentar terão tempo e espaço para bombear o leite materno de maneira saudável e higiênica”, disse Melissa Hodgkins, comissária que fez parte do grupo que levou a companhia aérea para tribunal. “As futuras comissárias de bordo não terão que se preocupar em como vão fazer o bombeamento entre os voos. Desisti de amamentar para sustentar minha família, e ninguém deveria ter que fazer essa escolha novamente”.
Sob o acordo, as comissárias poderão bombear leite a bordo usando dispositivos de lactação vestíveis. A companhia aérea também manterá uma lista de instalações de lactação aprovadas em seus locais de base e não sujeitará as tripulantes grávidas ou lactantes a processos disciplinares por faltas justificadas.
“O acordo de hoje envia uma mensagem ao resto do setor aéreo e às empresas em todo o país, de que fornecer acomodações básicas para as trabalhadoras que amamentam é inteligente e viável”, comentou Galen Sherwin, advogado sênior do projeto de direitos das mulheres da ACLU.
“Outras companhias aéreas devem seguir o exemplo da Frontier e garantir que sua tripulação de voo não precise desistir de amamentar para continuar fazendo o trabalho que ama“, finalizou.
