Os comissários de bordo da Delta Air Lines entraram com uma ação coletiva sobre seus novos uniformes, depois que os chamados “Passport Plum” (Passaporte Ameixa) começaram a causar problemas de saúde.
A companhia aérea dos Estados Unidos decidiu atualizar sua aparência e se afastar dos uniformes originais criados em 2006 por Richard Tyler. Essa mudança de design custou cerca de US$ 20 milhões, mas prometeu atualizar os tripulantes com as tendências modernas.
No entanto, de acordo com as comissárias de bordo que usam os novos uniformes, existem alguns problemas:
- Aparentemente, a qualidade dos uniformes não é a mesma dos originais de 2006, com costuras se desfazendo e botões se abrindo;
- Algumas comissárias de bordo alegaram que os uniformes “causam irritações na pele, dores de cabeça, fadiga, dificuldades respiratórias, perda de cabelo e náusea”. Caramba!
Os impactos são tão ruins para alguns membros da equipe que eles desenvolvem sintomas depois de apenas ficar perto de um uniforme, sem fazer contato físico ou usar os itens.
Suspeita-se que os problemas sejam causados pelos produtos químicos usados para finalizar o tecido, dando-lhe sua cor e resistência a manchas / rugas.
A Lands’ End, empresa que faz os uniformes, disse ao The Guardian que está investigando seriamente cada caso e queixa. “Levamos a sério cada preocupação e trabalhamos em estreita colaboração com a Delta para tentar encontrar uma solução que permita que o funcionário tenha um uniforme que seja confortável e funcional”.
Até agora, os membros da tripulação de cabine afetados têm as seguintes opções:
- Podem usar o uniforme velho, se preferirem;
- As comissárias de bordo podem usar um uniforme masculino (o que parece evitar os produtos químicos descritos acima).
Apesar das ações sendo tomadas atualmente, os uniformes foram apresentados em 2016.
Ação coletiva
A situação ficou tão séria que os sindicatos de comissários de bordo entraram com uma ação coletiva contra a Lands’ End. A ação coletiva não tem como alvo a companhia aérea, já que a Delta não é apontada como ré.
A ação, movida no Tribunal do Distrito Oeste de Wisconsin, alega que os uniformes causaram “doenças respiratórias graves, erupções cutâneas, furúnculos, urticária, bolhas, problemas de sinusite, dores de cabeça e fadiga”. Os réus incluem não apenas comissários de bordo, mas também agentes de rampa e portão, gerentes de lounge e outros.
Eles estão pedindo indenização por “ferimentos pessoais, dor e sofrimento, sofrimento emocional grave e perda financeira ou econômica”, bem como a realização de um recall dos uniformes pela Lands’ End.
A Delta e a Lands’ End declararam que os uniformes são inofensivos e passaram em todos os testes internos.
“Nossa principal prioridade continua sendo a segurança de nossos funcionários, motivo pelo qual investimos em um rigoroso estudo de toxicologia para determinar se havia um problema científico universal com o uniforme”, afirmou a Delta Air Lines em comunicado. “Os resultados do estudo confirmam que nossos uniformes atendem aos mais altos padrões têxteis (OEKO-TEX), com exceção do avental opcional de comissária de bordo, que removemos da coleção”.
Curiosamente, Zac Posen, o designer dos uniformes, fechou sua marca pessoal depois de não conseguir encontrar um investidor ou comprador.
