Comissário de bordo perde o emprego por furtar celular de passageiro durante voo internacional

Boeing 787-8 da Qatar Airways – Imagem: Qatar Airways

Pela segunda vez em pouco mais de uma semana, um passageiro da Qatar Airways acusou um comissário de bordo de ter furtado seus pertences pessoais durante um voo recente do hub da companhia em Doha para Singapura.

Explicando o ocorrido, o passageiro relatou que foi ao banheiro pouco antes do pouso, levando consigo seu telefone celular. No entanto, ao sair do banheiro, acabou esquecendo o aparelho sobre o balcão.

Assim que retornou à sua poltrona na Classe Executiva, o passageiro percebeu o erro e imediatamente voltou ao banheiro, mas, no curto intervalo de tempo em que esteve fora, o local já havia sido ocupado.

Ele aguardou pacientemente até que a pessoa deixasse o banheiro, e, instantes depois, um comissário de bordo saiu do local. Quando o passageiro entrou para recuperar seu telefone, ele já não estava mais lá. Ao desembarcar, o passageiro relatou o ocorrido às autoridades.

Alguns dias depois, o gerente de Investigações de Segurança da companhia entrou em contato comigo. Confirmaram que o caso foi investigado, que identificaram o membro da tripulação responsável e que ele foi demitido,” escreveu o passageiro em um relato publicado no Reddit.

Ele ainda afirmou que conseguiu rastrear o telefone até uma localização em Singapura — coincidentemente, o hotel onde a tripulação estava hospedada — e, posteriormente, até as Filipinas.

O incidente ocorreu em 28 de março e, semanas depois, o passageiro ainda não recebeu novos esclarecimentos da Qatar Airways, conforme noticiou o PYOK. Até o momento, a companhia ofereceu uma indenização de cerca de £ 560 (cerca de 3,6 mil) para substituir o celular, mas não ofereceu qualquer compensação adicional, já que o relatório interno classificou o caso como “pertences pessoais deixados sem vigilância”.

Não estou buscando uma indenização milionária nem tentando ampliar a situação além do que é; mas acredito que, quando algo assim acontece — ainda mais com envolvimento de membros da tripulação — o caso deveria ser tratado com mais seriedade do que simplesmente reembolsar o item,” escreveu o passageiro em resposta a um comentário na postagem.

Deixei claro que não procuro nada absurdo, apenas uma solução que reflita o impacto do ocorrido, não apenas o valor do aparelho,” completou.

Este caso surge poucos dias depois de outra denúncia contra a Qatar Airways: uma passageira também da Classe Executiva entrou com uma ação judicial contra a companhia, alegando que uma comissária de bordo furtou US$ 600 (cerca de R$ 3,4 mil) de sua bolsa de grife enquanto ela dormia.

A passageira afirma que o furto ocorreu durante um voo de 14 horas, no dia 26 de fevereiro, entre San Francisco e Doha.

Segundo o relato, ela adormeceu em sua poltrona QSuite da Classe Executiva, deixando a bolsa no console lateral. Ao acordar, percebeu que sua bolsa havia desaparecido. Após procurá-la pela cabine, avistou uma porta de banheiro entreaberta e, ao espiar, encontrou sua bolsa aos pés de uma comissária.

A passageira transportava US$ 4.100 (cerca de R$ 23,3 mil) em espécie e, ao verificar o conteúdo da bolsa, constatou que um dos envelopes de dinheiro havia desaparecido, resultando no furto de US$ 600.

Apesar de ter comunicado o incidente imediatamente ao chefe de cabine e registrado uma reclamação junto à Qatar Airways, ela afirma que, até o momento, não recebeu nenhuma resposta.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

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