Comissário de bordo trajando vestido em um voo desperta comentários nos EUA

O movimento para remover as restrições de vestimenta dos profissionais da aviação ganhou força nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. As empresas aéreas estão, com isso, revisando seus códigos de vestuário (dress codes) e flexibilizando a forma como trabalhadores, que lidam com clientes, se vestem. Tatuagens, piercings, penteados, maquiagens e roupas agora têm regras menos rígidas e as combinações estão mais amplas.

Na última semana, uma foto chamou a atenção na internet ao mostrar um pouco do resultado de tais medidas. Um comissário da JetBlue foi fotografado trajando um vestido, comumente usado pelas comissárias do sexo feminino. Rapidamente, o assunto levou a reações favoráveis e contrárias.

Um homem, de nome John Cardillo, que se auto intitula um “rapaz da TV e conservador” tuitou a imagem do comissário de bordo na porta de uma aeronave da JetBlue e num saguão do que parece ser um hotel. Ele disse que recebeu as imagens de uma fonte desconhecida de dentro da empresa.

Embora não haja muitos detalhes sobre o tema, Cardillo afirma que o comissário atendeu ao voo com esse uniforme e que, segundo sua opinião, “aparentemente, os passageiros ficaram chateados”. Ele, no entanto, não apresentou evidências disso.

As opiniões no Twitter foram as mais diversas:

“Bem, eu acho que é impressionante e corajoso”, disse um usuário do microblog em resposta ao post de Cardillo.

“Francamente, não me importo se um comissário de bordo veste uma saia ou meia calça. Desde que não seja obsceno, está tudo bem”, agregou outro.

“Isso acaba, quando as pessoas param de comprar bilhetes. O usuário tem o poder de decidir se algo o desagrada ou não, e passar para outra empresa em que se sinta mais confortável”, falou outro.

“A roupa não é ultrajante. Pelo menos é assim que me parece. Mas tenho certeza de que para outras pessoas seria. Este é um grande problema potencial para as companhias aéreas”, disse outro.

“Para aqueles que dizem: “Eu não me importo” ou “Isso não me incomoda” … Essa complacência é como chegamos aqui e só abre a porta para mais e mais loucura. A cultura americana está descendo a ladeira escorregadia prevista há décadas. O que é necessário para você se importar ?”, digitou um.

“Independente do gênero que nasceu, a nova política de uniformes da empresa é, na verdade, sem gênero”, completou outro.

“Quem se importa? Se eu conseguir embarcar novamente em um avião, tenho a certeza de que não vou me preocupar com o que os comissários estão vestindo. Vou tomar um pouco de Dramin e dormir”, afirmou um.

“Tudo o que vejo na foto é alguém feliz por estar no trabalho, sem dúvida para uma empresa que o apoia”, outro usuário digitou.

Políticas

Essas acima são apenas algumas opiniões e dão o tom de como o assunto ainda é polêmico na sociedade. Tal cenário é o mesmo em outros países do mundo, inclusive no Brasil, onde tal debate está distante de acabar.

De qualquer forma, cada vez mais as empresas e governos criam políticas inclusivas e as pessoas se sentem mais à vontade de se portarem como se sentem bem e serem elas mesmas em qualquer situação.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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