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Comissário de voo quebra o tornozelo em dois lugares durante turbulência severa

Boeing 737-800 da Norwegian – Imagem: Tommy Olsson, via Pixabay

Um comissário de bordo ficou gravemente ferido e teve que ser retirado de um avião por equipes médicas de emergência, depois que deslocou o tornozelo e o quebrou em dois lugares em uma forte turbulência. O incidente ocorreu a bordo de um Boeing 737-800 operado pela Norwegian Air, que realizava o voo entre Copenhague, na Dinamarca, e Nice, na França, com 180 passageiros e 6 tripulantes, em julho de 2021.

Os detalhes completos só foram divulgados agora, após o relatório final do incidente ser emitido pela Bureau d’Enquêtes et d’Analyses (BEA), agência francesa que investiga essas ocorrências e esteve responsável pelo caso.

Balanço violento

De acordo com as investigações, o comissário relatou que a turbulência era tão severa que, quando atingiu pela primeira vez, ele foi levantado do chão e literalmente jogado de um lado da cozinha traseira para o outro.

Ele caiu pesadamente no chão e seu pé direito ficou preso sob um apoio, onde fica o escorregador de fuga. Nesse momento, um segundo forte choque de turbulência atingiu a aeronave e ele foi lançado para cima com o pé ainda preso. Ele ouviu seu tornozelo estalar e ficou caído com fortes dores.

A aeronave passou por uma zona de forte cisalhamento e turbulência devido à presença de elevações convectivas em um fluxo de ar muito forte de sudoeste. O voo por esta zona foi curto, mas muito turbulento. Fortes acelerações verticais e horizontais associadas a windshear e variações de velocidade seguiram-se sucessivamente no espaço de cerca de sete segundos.” diz o relatório.

Foi, muito provavelmente, no início desta fase que um membro da tripulação de cabine, ocupado protegendo o equipamento na parte traseira do avião, foi derrubado no chão. Seu pé então ficou preso e fraturou durante as acelerações verticais seguintes.

Fratura confirmada

Uma vez no hospital, um raio-x confirmou que ele havia quebrado o tornozelo em dois lugares e também o deslocou.

A investigação observou como os dois pilotos estavam trabalhando diligentemente para navegar em torno da grande massa de nuvens carregadas e conseguiram evitar a maior parte da tormenta por 20 minutos, antes de perceberem um acúmulo final de nuvens de tempestade.

Em seu relatório final, a BEA sugeriu que os sistemas de radar de bordo que os pilotos usam para observar áreas de turbulência podem variar em capacidade e que os reguladores europeus de segurança aérea devem promover o uso de sistemas de bordo modernos e mais precisos.

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