O Exército do Líbano realizou uma operação de resgate de alto risco nesta terça-feira, libertando um cidadão saudita e prendendo vários suspeitos envolvidos no sequestro. O cidadão saudita Mashari al-Mutairi estava sequestrado desde o domingo, quando desapareceu em Beirute.
De acordo com a Arábia Saudita, Mutairi é um comissário de voo da Saudia Arabian Airlines (Saudia) que foi raptado e o sequestrador exigiu um resgate no valor de US$ 400.000. No entanto, de acordo com o ministro do Interior libanês, Bassam Mawlawi, em uma coletiva, nenhum resgate foi pago e nove indivíduos envolvidos foram presos, relatou a Al Jazeera.
A libertação de Mutairi foi conseguida ainda que os laços entre Líbano e Arábia Saudita estejam fracos desde 2021, quando Riad e outros estados do Golfo Pérsico retiraram seus embaixadores devido à crescente influência do movimento Hezbollah, financiado pelo Irã, sobre o Líbano. Embora os embaixadores tenham voltado ao Líbano em abril de 2022, as relações diplomáticas não estão exatamente boas.
O embaixador saudita Waleed al-Bukhari destacou a eficiência das autoridades libanesas ao lidar com o incidente. Além disso, ele disse que o cidadão saudita estava em boas condições de saúde.
Este não foi o primeiro caso de sequestro do Líbano. Em 2017, um outro cidadão saudita foi raptado. Segundo fontes de segurança, os sequestros por pagamento de resgates se tornaram cada vez mais comuns no país que enfrenta uma grave crise financeira. De acordo com estas fontes, os cativos geralmente são levados para áreas remotas ou mesmo para a Síria como forma de evitar serem localizados pelas autoridades locais.
