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Comissários de bordo querem banir bebês de colo em aviões

Foto: MJ (CC)

Um antigo assunto retornou à pauta das reuniões sobre segurança da aviação nos Estados Unidos após uma sequência de incidentes envolvendo turbulências severas em aviões comerciais que resultaram em passageiros feridos.

Nesse contexto, a Associação de Comissários de Voo (AFA-CWA), o maior sindicato de comissários de bordo dos Estados Unidos, está pedindo a proibição de bebês de colo nos voos domésticos e que eles tenham seus próprios assentos.

Segundo uma matéria do The Washington Post, a AFA-CWA, que representa dezenas de milhares de tripulantes em cerca de 20 companhias aéreas dos EUA, como United, Alaska e Spirit, fez um novo apelo para proibir bebês de colo.

A diretora da AFA-CWA, Sara Nelson, apontou que forças G de uma turbulência severa são algo que nem mesmo os pais mais amorosos podem proteger e segurar seu filho, que pode voar pela cabine e sofrer ferimentos graves ou fatais.

Ela destacou o trágico caso do voo UA-232 da United, em julho de 1989, quando 111 passageiros e tripulantes, incluindo um bebê, morreram no acidente em Sioux City. Após o acidente, o National Transport Safety Board (NTSB) adicionou a recomendação de ter um “assento para cada alma” a bordo. No entanto, não houve praticamente nenhuma mudança no status quo.

Como é hoje

Atualmente, a Administração Federal de Aviação (FAA) recomenda que os pais comprem um assento separado para seu bebê ou criança e os prendam em um sistema de retenção de segurança infantil aprovado pelo governo (uma cadeirinha, por exemplo).

No entanto, não há nenhum requisito para que os pais comprem um assento separado e muitos optam por não fazê-lo. Para bebês de até dois anos de idade, os pais podem simplesmente segurar o bebê no colo. A FAA proíbe apenas o uso de um cinto abdominal infantil que envolva o bebê e se prenda ao cinto de segurança de seus pais ou responsáveis.

A AFA-CWA está pressionando os legisladores para garantir que haja “um assento para cada alma” a bordo de todos os voos operados pelas companhias aéreas dos EUA, como foi recomendado pelo NTSB anos atrás. Se isso acontecer, os passageiros viajarão com mais segurança e conforto, dizem eles.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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