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Comissários de voo são estimulados a se autodenunciar se prestarem um serviço ruim ao passageiro

Divulgação – United Airlines

A Associação de Comissários de Bordo (AFA-CWA), que representa dezenas de milhares de tripulantes nos Estados Unidos, iniciou um chamado para que comissários de voo da United Airlines denunciem incidentes em que os passageiros ficam “frustrados ou insatisfeitos” com seu próprio serviço. O objetivo do sindicato é apresentar provas de serviço ruim para convencer a companhia aérea sediada em Chicago a reverter os cortes de pessoal que efetuou.

Como informou o site PYOK, especializado em temas relacionados com tripulações de voo, a lei exige que todos os voos tenham um número mínimo de comissários de bordo, que varia de acordo com o número de assentos no avião (o mesmo ocorre em outros lugares do mundo, incluindo o Brasil). No entanto, a United tem equipado alguns voos com tripulantes adicionais para corresponder ao nível de serviço esperado. Isto é especialmente comum em voos de longa distância, com cabine Polaris Business Class.

Acontece que, em 2018, a United reduziu cargos de comissário de bordo em seu quadro de funcionários, adotando o chamado “fluxo de serviço simplificado” e oferecendo pratos pré-preparados. John Slater, chefe de serviços de bordo da United, disse que a decisão se baseou no “feedback do cliente”. Depois veio a pandemia e novos cortes foram feitos.

Agora, o sindicato dos comissários de bordo está pedindo a reversão dos cortes de pessoal, pois o aumento da carga de trabalho em voos pode levar a tempos de espera mais longos para os passageiros e a uma redução do nível de qualidade de serviço.

O sindicato alertou que menos membros de tripulação a bordo dos voos podem colocar em risco a segurança dos passageiros, além de aumentar a fadiga dos comissários de bordo.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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