
A Flair Airlines processou a empresa de leasing Airborne Capital em US$ 50 milhões, de acordo com um relatório do jornal The Toronto Star. Conforme relatado, a ação movida no Tribunal Superior de Ontário contra o locador alega que a Flair já havia concordado em pagar uma quantia em atraso quando suas aeronaves foram apreendidas. Nesse sentido, a companhia aérea denuncia uma “quebra técnica” do contrato.
Como detalha o Aviacionline, o documento afirma que “os embargos foram orquestrados de má fé e de forma maliciosa para infligir o máximo dano possível, inclusive interferindo nas relações com os passageiros e na sua confiança”. Além disso, menciona que a medida foi realizada de forma inesperada e durante as primeiras horas da manhã, sem aviso prévio de qualquer espécie.
Na passada segunda-feira, Stephen Jones, CEO da empresa, acusou em conferência de imprensa os seus principais concorrentes de terem precipitado a situação devido à sua intenção de acabar com a empresa.
“Acho que houve algumas negociações nos bastidores entre uma das maiores companhias aéreas e o arrendador para prejudicar a Flair, provavelmente oferecendo a ele preços acima do mercado pela aeronave que arrendamos“, disse Jones, sem dar nomes ou informações. No entanto, era uma clara referência à Air Canada e à Westjet, as maiores companhias aéreas do Canadá e suas principais concorrentes.
Um dia depois, a Airborne Capital declarou o contrato rescindido após um período de cinco meses em que a Flair Airlines teria inadimplido de forma recorrente em suas obrigações de pagamento. Segundo a empresa, os pagamentos não realizados acumularam “milhões de dólares” em dívidas.
“Rescindir um contrato de locação de aeronave é sempre o último recurso, e tal decisão nunca é tomada levianamente”, disse a Airborne Capital. Até o momento, a empresa não apresentou nova defesa.