Em resposta ao agravamento do surto de COVID-19 na China, a KLM fornecerá aos comissários de bordo que trabalham em voos para o país asiático acesso a máscaras FFP2 e óculos resistentes a respingos, após pedido dos próprios tripulantes que alegaram estar preocupados.
Além dos acessórios, um porta-voz da companhia aérea confirmou à agência de notícias EFE que limitaria os serviços de bordo em voos da China e que pelo menos um banheiro a bordo seria bloqueado e reservado apenas para uso da tripulação.
Confirmando a decisão, o porta-voz disse que a companhia aérea já tinha protocolos de saúde rígidos nos voos para a China devido às regulamentações locais e que proteções adicionais estavam sendo fornecidas nos voos de volta porque “colegas expressaram o desejo de trabalhar dessa maneira”.
“Estamos acompanhando com interesse as consultas em Bruxelas hoje, onde os estados-membros europeus estão discutindo os requisitos de entrada”, continuou um comunicado da companhia aérea.
Atualmente, a companhia aérea não voa diretamente para a China, mas atende Xangai e Hangzhou com um serviço via Seul, Coreia do Sul. A KLM também atende Hong Kong com um voo via Bangkok, na Tailândia. Devido ao alto risco de a tripulação ser detida indefinidamente em instalações de quarentena administradas pelo governo, a empresa parou de voar direto para a China continental e Hong Kong.
Na última terça-feira (3), o Ministério das Relações Exteriores da China criticou um número crescente de governos que correram para, de certa forma, impedir a entrada de passageiros da China com novas regras de teste e outras restrições.
“Alguns países adotaram restrições de entrada visando apenas viajantes chineses”, disse o porta-voz do ministério, Mao Ning. “Isso carece de base científica e algumas práticas são inaceitáveis”. Mao Ning disse que a China está considerando tomar “contramedidas baseadas no princípio da reciprocidade”.
Leia mais: