A companhia aérea multinacional Scandinavian Airlines (SAS) anunciou um acordo com quatro sindicatos de pilotos que prevê a recontratação de 450 profissionais demitidos recentemente. O anúncio, ao lado de outras medidas, encerrou uma greve que há duas semanas paralisava a transportadora.
Os pilotos deixaram de voar em 4 de julho em razão dos planos da SAS de cortar custos drasticamente, o que demandava redução de salários e a transferência de centenas de profissionais para companhias aéreas subsidiárias que não ofereceriam tantos benefícios trabalhistas quanto a empresa principal.
“Tenho o prazer de informar que agora chegamos a um acordo com todos os quatro sindicatos de tripulantes da SAS e que a greve terminou. Finalmente, podemos retomar as operações normais e levar nossos clientes em suas tão desejadas férias de verão”, comentou o presidente e executivo-chefe da SAS, Anko van der Werff, na terça-feira, 19.
A greve levou a SAS a cancelar até 50% da sua programação planejada nas últimas duas semanas. No período, foram quase 3.700 cancelamentos que deixaram cerca de 380.000 passageiros sem viajar. A paralisação também teria causado uma perda de US$ 145 milhões e resultou na invocação do artigo para a proteção contra falência do Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos.
O novo acordo coletivo prevê que as recontratações serão feitas ao longo de dois anos. Em troca, os pilotos concordaram em aumentar a produtividade, além de aceitar alguns cortes nos salários, benefícios e garantias de trabalho. O acerto tem validade de cinco anos e meio e precisará da aprovação de um juiz dos EUA.