O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) está investigando se a transferência de fundos para a operadora australiana Bonza, que se encontra insolvente, violou leis de lavagem de dinheiro americanas.
A Australian Broadcasting Corporation (ABC) informou que o DOJ está analisando se o suporte financeiro vindo da empresa sediada em 777 Partners, juntamente com o financiamento de sua seguradora A-CAP, foi desviado para Bonza em vez de ser utilizado conforme o planejado nas equipes de futebol da 777, incluindo o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro.
A investigação está sendo conduzida pelo escritório do DOJ no Distrito Sul de Nova York. A Bonza, que teve suas operações encerradas em abril de 2024 após um ano e dois meses de atividades deficitárias, teve suas aeronaves retomadas por arrendatários associados à 777.
A companhia dependia de um financiamento esporádico da 777 Partners, mas esse suporte foi encerrado quando a A-CAP perdeu a paciência com o fracasso do empreendimento aéreo e decidiu interromper os pagamentos à 777.
Atualmente, administradores estão liquidando a empresa. Ao longo de sua trajetória, a 777 Partners injetou cerca de US$ 52,7 milhões na Bonza, tanto nas fases pré-lançamento quanto pós-lançamento.
Além da investigação do DOJ, a Comissão de Valores Mobiliários e Investimentos da Austrália (ASIC) está analisando se a Bonza operou enquanto insolvente, uma violação da legislação australiana que poderia levar seus diretores a enfrentar sanções criminais, incluindo penas de prisão. Os diretores da entidade controladora da Bonza, Bonza Aviation Pty Ltd, incluem o CEO Tim Jordan, a CFO Lidia Valenzuela, e os executivos da 777 Partners, Steven Pasko e Adam Weiss.