
A confusão causada pelo fechamento do Aeroporto de Heathrow gerou um equívoco curioso na mídia britânica, que acabou identificando erroneamente uma companhia aérea como uma força especial.
Nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, o Aeroporto de Heathrow, em Londres, ficou sem energia após um incêndio em uma subestação que fornece eletricidade a todo o terminal, que é o maior da Europa.
Diante do apagão, dezenas de companhias aéreas cancelaram seus voos com destino a Heathrow, incluindo a Scandinavian Airlines System, a SAS. No entanto, dois veículos de comunicação cometeram um equívoco ao reportar os cancelamentos da companhia escandinava, que teve 12 voos afetados.
O canal de TV Sky News e o jornal The Guardian interpretaram erroneamente a sigla SAS como uma referência ao Special Air Service, a lendária unidade de forças especiais do Reino Unido, e não à Scandinavian Airlines. Criado na Segunda Guerra Mundial, o SAS militar foi pioneiro nas operações especiais e serviu de modelo para unidades de elite em todo o mundo.
Com o lema “Quem ousa vence”, a tropa britânica se tornou mundialmente respeitada, tendo realizado missões icônicas como o resgate da Embaixada do Irã em Londres, em 1980, uma operação considerada exemplar, e que foi retratada no filme Seis Dias, disponível na Netflix:
Aparentemente, os veículos britânicos buscaram as primeiras informações disponíveis associadas à sigla SAS e acabaram atribuindo a ela o significado militar, chegando a exibir o brasão da unidade de forças especiais.
Ao perceber o erro, internautas começaram a fazer piadas com a confusão da imprensa, e a própria Scandinavian Airlines entrou na brincadeira. Em uma publicação bem-humorada, a empresa reconheceu a coincidência das iniciais e destacou algumas semelhanças: “Temos as mesmas iniciais, ambos usamos uniformes, operamos internacionalmente e nos movemos rapidamente. Mas apenas uma SAS foi afetada pela falta de energia em Heathrow. Spoiler: foi a que tem café grátis a bordo, não a que usa paraquedas.“
A interação gerou ainda mais reações engraçadas. Um usuário questionou se, caso a companhia aérea tivesse os paraquedas dos seus “xarás” militares, o problema em Heathrow estaria resolvido, já que os passageiros poderiam simplesmente saltar das aeronaves e pousar diretamente em Londres. Com ironia, a SAS respondeu: “É uma boa ideia, mas ainda achamos que a melhor maneira de sair de um avião é pela porta.“
Em outro comentário, a companhia brincou que a “máscara de guaxinim” no cockpit de seus novos Airbus faz parte do sigilo operacional, já que a tropa de elite britânica é conhecida por seu alto nível de discrição e lealdade à monarquia.
A brincadeira se estendeu até o portal AEROIN, que perguntou se, após a confusão, seria permitido levar uma submetralhadora MP5SD a bordo — uma referência ao armamento icônico do SAS militar. Em tom descontraído, a Scandinavian Airlines respondeu: “Não é o tipo de coisa que levamos na bagagem de mão.”
We get it, @SkyNews and The Guardian – same initials, both wear uniforms, operate internationally, and move fast. But only one SAS was affected by the Heathrow power outage. Spoiler: it was the one with the free coffee onboard, not the one with parachutes. pic.twitter.com/vHzoZ3TUCG
— SAS – Scandinavian Airlines (@SAS) March 21, 2025
Not quite the kind of carry-on we allow. /NN
— SAS – Scandinavian Airlines (@SAS) March 21, 2025