Companhia aérea mal começou a voar e já teve 7 executivos afastados por corrupção

Uma tempestade está se formando na recém-ressuscitada Uganda Airlines, a companhia aérea nacional do país africano, que voltou a voar após um hiato de 19 anos. Todo o esforço para recolocar a empresa em pé novamente parece estar se perdendo em meio a denúncias de corrupção.

Lendo o relato do The African Report, nota-se que o problema parece ser uma mistura mais ampla de política e corrupção. Em 27 de abril, sete altos executivos da empresa aérea foram colocados em licença pelo governo, em uma carta que não indicava claramente os motivos da suspensão. Apenas apontou a necessidade de “abrir caminho para a investigação de acusações levantadas contra sua conduta de negócios”.  

Ao aparecer na NTV em 10 de maio, o Ministro das Obras, Katumba Wamala, tentou minimizar a suspensão dos gerentes, insistindo que eles haviam pedido para tirar suas férias anuais acumuladas – querendo que alguém acreditasse que os sete executivos mais altos da empresa sairiam de férias, ao mesmo tempo, em época de crise.

“Devido às operações em baixa causadas pela Covid e ao fato de ainda não termos iniciado as operações de longa distância, a alta administração da Uganda Airlines pediu sua licença anual. Essas pessoas não foram dissolvidas ou suspensas. Elas estão de licença e, sim, também pode levar algum tempo para vermos como estão fazendo negócios, mas não é tão ruim quanto o que tenho visto em alguns jornais”, disse ele

Dias depois, em 20 de maio, durante uma viagem à Tanzânia em um avião da própria Uganda Airlines (em vez de usar o jato presidencial), o presidente do país, Yoweri Museveni, elogiou a tripulação, mostrou-se contente com o fato de Uganda ter uma companhia aérea novamente, mas deixou claro que quem estiver envolvido em esquemas de suborno e corrupção será punido.