
A empresa aérea de baixo custo Ryanair se desculpou por forçar um menino com autismo a passar por um teste de Covid-19 antes de embarcar em um voo, apesar de seus pais terem apresentado uma carta de isenção de seu médico. A situação constrangedora envolveu o menino Callum Hollingsworth, de 12 anos, quando ele voltava da Espanha para sua casa no Reino Unido, no dia 3 de agosto.
Segundo relata a BBC, Katy Hollingsworth, a mãe do menino, explicou à equipe da Ryanair que seu filho era autista. Ela citou uma situação anterior em que o jovem precisou fazer um teste e que foi um “pesadelo”. Para evitar problemas futuros, a mãe solicitou uma carta de isenção médica, que foi apresentada à equipe no aeroporto, mas, ainda assim, forçaram o garoto ao teste.
Hollingsworth disse que seu filho, que tem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, “perdeu o controle e sofreu um colapso porque pensou que era sua culpa”.
“Ele começou a bater na cadeira e depois a se bater”, disse ela à agência de notícias britânica. “Meu marido então teve que conter fisicamente meu filho com dois membros da equipe para tentar fazê-lo aceitar o teste. Callum tentou ser corajoso, mas estava petrificado. Eles disseram que se ele não tivesse um teste COVID, não poderia ir para casa, então não tínhamos escolha”.
Ryanair has apologised, after staff at Valencia airport forced Callum, 12, from Harlow, to have a Covid test despite being exempt because of his autism.
— BBC Essex (@BBCEssex) August 12, 2021
Callum’s dad filmed the incident. pic.twitter.com/AHkmnTrJ2M
O pai do menino gravou um vídeo do incidente, que mostra a equipe persuadindo o menino visivelmente perturbado a concordar em fazer o teste COVID-19 com swab nasal. A Ryanair disse que “lamenta saber do estresse” causado ao menino e sua família.
A nota diz o seguinte:
“A Ryanair cumpre integralmente as restrições de viagens da UE e do governo, que mudam constantemente em meio à pandemia. Continuamos a fazer melhorias e implementar procedimentos para garantir que a saúde e a segurança de nossos passageiros e nossa tripulação sejam priorizadas, cumprindo sempre as diretrizes do governo de cada país”.