Companhia aposenta os últimos Convair 580 do mundo ainda em voos regulares

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Air Chathams Convair 580
Imagem: Divulgação Air Chathams

A Air Chathams, companhia oficial das ilhas Chathams, território da Nova Zelândia, anunciou o fim das operações com o clássico Convair 580 (CV-580). A empresa aérea era a última do mundo que ainda mantinha em operação regular o turboélice que deixou de ser fabricado na década de 1950.

A companhia já planejava encerrar os voos do Convair 580 entre 2021 e 2022, mas a crise causada pelo novo coronavírus antecipou os planos. A Air Chathams operava três Convair 580, dos quais um com configuração completa para 50 passageiros, um segundo totalmente cargueiro e o terceiro, misto.

Os CV-580 faziam parte da frota da companhia desde a sua inauguração, em 1984. O modelo era utilizado em voos para destinos como Auckland e Manapouri, na Nova Zelândia, e Tuvalu, no Pacífico Sul, entre outros. As operações devem ser substituídas pelos novos ATR 72-500 adquiridos pela empresa.

O turboélice bimotor é uma versão modernizada dos Convair 340 e 440. Foram fabricados entre 1947 e 1956 pela Consolidated Vultee (Convair), que encerrou as atividades em 1996. O projeto nasceu de uma encomenda da American Airlines, que pedia uma aeronave pressurizada para substituir o Douglas DC-3.

O site da Air Chathams informa que se trata do turboélice mais rápido em operação na Nova Zelândia, com “assentos generosos e espaço para as pernas, com grandes janelas para visualização”.

As especificações do modelo no site da companhia indicam velocidade de 520 km/h, altitude máxima de 25 mil pés, cabine pressurizada, 2 pilotos e 1 comissário, configuração de até 50 assentos, com serviço de bordo e banheiro.

Air Chathams Convair 580
Imagem: Divulgação Air Chathams

Air Chathams Convair 580 Cockpit
Imagem: Divulgação Air Chathams

As ilhas Chathams estão localizadas a cerca de 800km da costa da Nova Zelândia e possuem cerca de 700 moradores. Além dos três CV-580, a frota da Air Chathams é composta por um Cessna 206, um ATR 72-500 e três Saab 340, além de nostálgicos três Fairchild Metroliners e um jurássico Douglas DC-3.

Com informações do Aerotelegraph e do Smartaviation.

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Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

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