Durante uma reunião no Conselho Estadual de Komi em 23 de maio, o diretor-geral da Komiaviatrans, Yury Skripin, comunicou sobre a venda das seis aeronaves Embraer ERJ-145 da empresa, reportou a imprensa local. O processo tem mais relação com o momento da empresa do que com as sanções ocidentais pós invasão da Ucrânia.
“A Komiaviatrans possui seis aeronaves da Embraer, cuja operação foi suspensa em 2020. Elas estão alocadas a ativos não essenciais, sendo que duas se encontram na Rússia e quatro ao exterior, na Eslovênia. O motivo para se limitar a venda dos equipamentos se dá pela condição de sermos uma empresa estatal – temos que vender a aeronave como um todo”, expôs Skripin, referindo-se à venda em lote e não individualmente.
“Existem potenciais compradores de peças de reposição, porém, é um procedimento complicado, e mesmo assim, pode-se receber mais ao vender a aeronave inteira”, concluiu Skripin.
As aeronaves brasileiras foram adquiridas pela empresa, em regime de leasing, no ano de 2014. Um sexto avião permaneceu em Portugal, devido ao fraco valor do rublo na época e por falta de pagamento. Para colocá-los em operação, era preciso dinheiro, que não havia no bolso da empresa.
Em 2018, o número de voos realizados diminuiu ainda mais devido às aeronaves apresentarem problemas e necessitarem constantes consertos. E somente o ano seguinte, a Komiaviatrans decidiu iniciar o cancelamento dos voos de tal forma que, em janeiro de 2020, foi anunciado o encerramento da operação. Diante desse cenário, a empresa necessita vendê-los para saldar os valores devidos.
Atualmente existem três possíveis destinos para as aeronaves – a Mongólia, o Irã e a venda como todo. Por serem partes de uma empresa estatal, o processo de venda é complicado. Não foi informado o valor que a empresa aérea pede pelas aeronaves.
