Nos últimos dias, a aviação russa vem sofrendo mais alguns impactos da guerra na Ucrânia. Depois que o presidente Vladimir Putin decretou uma “mobilização parcial”, que nada mais é do que o alistamento obrigatório nas forças armadas de homens jovens, diversas ações passaram a ser tomadas pelo setor aéreo para evitar a “fuga” de pessoas no perfil buscado pelo exército.
Uma destas iniciativas tem sido observada pela Associação de Operadores Turísticos Russos, Atos, que reportou que vários voos para destinos de férias no exterior saindo dos aeroportos de Ecaterimburgo, Nizhny Novgorod, Sochi e Ufa só puderam decolar com atrasos de várias horas. O motivo é que as autoridades impediram que tripulantes do sexo masculino deixassem o país.
Embarque negado
As autoridades teriam proibido os homens de embarcar e os atrasos chegavam a 24 horas. As companhias aéreas nem sempre conseguiram reunir tripulações de substituição imediatamente e voos a Turquia e Armênia estiveram entre os afetados.
Jovens russos reagiram à mobilização parcial do presidente Vladimir Putin deixando o país em massa. De acordo com as últimas estimativas da mídia internacional, cerca de 400 mil homens já deixaram o país. As reservas de voos aumentaram e longas filas se formaram nas fronteiras terrestres com a Finlândia, Cazaquistão e Geórgia.
Pilotos não podem voar
Nesse mesmo contexto, a empresa aérea Red Wings decidiu não mais alocar pilotos com menos de 35 anos em voos internacionais para que eles não fujam das ordens de mobilização russas.
A Aeroflot, companhia nacional russa, pode perder até metade dos funcionários para o exército e, portanto, tenta obter uma isenção para não terem problemas operacionais graves devido à falta de pessoal.
