A China Southern Airlines e a China Eastern Airlines voltarão a receber aeronaves Boeing 737 MAX este ano, após um hiato de quatro anos. Isso é um impulso para a Boeing, porque o mercado chinês é muito importante para a fabricante.
A autoridade de aviação chinesa CAAC foi uma das últimas no mundo a dar permissão para voar o tipo depois que ele foi aterrado em março de 2019 após os dois acidentes na Indonésia e na Etiópia. Os voos regulares com a aeronave apenas voltaram aos céus chineses em janeiro deste ano.
Como relata o Flight Global, a China Southern espera 37 MAX 8 este ano, 35 no ano que vem e 31 em 2025. Esses números são impressionantes, pois segundo o site da Boeing, a empresa tem apenas 34 aeronaves encomendadas. Isso sugere que um pedido novo está chegando. A China Southern foi a primeira transportadora chinesa a devolver o MAX ao serviço em janeiro.
A China Eastern, por sua vez, espera dois MAX 8 este ano e 6 em 2024. A companhia aérea já teve três entregues até março de 2019, mas eles ainda estão em terra. Ainda há encomendas de 6 unidades.
Outra empresa chinesa, a Air China não tem planos para receber mais 737 MAX até 2025, embora a companhia aérea tenha 23 deles encomendados e agora esteja voando novamente com 7 das 16 aeronaves da frota ativa.
O anúncio sobre o retorno no recebimento de novas aeronaves vindo de duas das principais companhias aéreas chinesas é uma boa notícia para a Boeing. A fabricante tinha 138 MAX em estoque para clientes chineses no início de janeiro. Em setembro, o CEO David Calhoun indicou que várias dessas aeronaves seriam revendidas a clientes não chineses, porque parecia não haver movimento em um rápido retorno ao serviço.
Seis meses depois, essa situação parece estar mudando e há até perspectiva de novas encomendas, apesar das relações ainda tensas entre Estados Unidos e China.
