
Autoridades do setor e as plataformas de rastreamento de voos têm destacado que as companhias aéreas chinesas estão evitando o espaço aéreo russo ao realizarem seus novos voos recém-autorizados para os Estados Unidos, relata a agência de notícias Reuters.
Nesse contexto, os voos chineses recentemente aprovados não usam o espaço aéreo russo, enquanto os aprovados anteriormente ainda fazem isso. No início deste mês, o Departamento de Transportes dos EUA (DOT) anunciou que permitia o aumento dos serviços de passageiros nas ligações de e para a China, mas os desvios das aeronaves seriam uma condição para isso, a fim de que as empresas chinesas concorressem em igualdade com as americanas.
A decisão do governo russo de proibir as companhias aéreas americanas de usar seu espaço aéreo em resposta à decisão de Washington de proibir os voos russos nos Estados Unidos em março de 2022, após a invasão da Ucrânia, está por trás dessa conjuntura.
Em fevereiro, dois senadores dos EUA pressionaram o governo Biden a impedir as companhias aéreas chinesas de sobrevoar a Rússia em rotas dos EUA, o que daria às empresas chinesas uma vantagem no consumo de combustível e no tempo de voo.
O porta-voz da Embaixada da China em Washington, Liu Pengyu, disse por meio de e-mail que “os voos diretos são essenciais para aumentar as visitas mútuas entre povos chineses e americanos”, e que eles esperam que a reativação seja benéfica ao fluxo de pessoas e ao comércio entre os dois países.
As transportadoras chinesas não puderam ser contatadas para comentar se aceitaram evitar o espaço aéreo russo para novos voos, como indicam as evidências das plataformas de rastreamento de voos.