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Funcionária levou R$ 5 milhões em propina para fraudar compra de peças de aviões

Uma ex-funcionária da empresa aérea JetBlue recebeu US$ 1 milhão (equivalentes a R$ 5 milhões na cotação atual) em propinas para criar pedidos falsos de peças de aeronaves. A mulher, identificada como Keily Nunez, de 37 anos, foi presa na terça-feira (28) e indiciada por conspiração, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, disse o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Nunez é acusada de ter feito fraudulentamente mais de US$ 10 milhões em pedidos de peças de aeronaves em nome da companhia aérea. Como Compradora da empresa, ela era responsável pela aquisição de peças de reposição. Em sua dia-a-dia, a mulher solicitava cotações de vários vendedores para conseguir o melhor negócio para a companhia.

Uma boa parte do tempo, ela contatava vendedores confiáveis ​​e usados ​​anteriormente. No entanto, em 2018, ela manobrou para que uma empresa chamada Sumit LLC fosse adicionada ao sistema interno de pedidos de peças da companhia aérea, dizendo falsamente se tratar da Summit Corp, de onde a companhia aérea já havia comprado peças no passado. O fato da Summit Corp ter falido há quase dez anos não chamou a atenção de ninguém.

Nunez é acusada de autorizar ordens de compra no valor de mais de US$ 1,5 milhão entre a companhia aérea e a Summit LLC e, em troca, os promotores afirmam que ela recebeu dezenas de milhares de dólares em propinas dos sócios da Summit LLC.

Ao longo dos anos, a fraude se tornou cada vez maior e incluiu uma segunda empresa, com sede na Flórida. No final, a companhia aérea pode ter gasto mais de US$ 10 milhões em peças de reposição de aeronaves a preços extremamente inflacionados, enquanto Nunez e um co-conspirador receberam propinas para fraudar o processo interno.

“Conforme alegado, os réus estavam no comando de um esquema corrupto para fraudar a companhia aérea, desviando contratos para fornecedores em troca de mais de US$ 1 milhão em propinas”, comentou o procurador dos Estados Unidos, Breon Peace.

Os homens por trás da Summit LLC, Julien Levy, 37, e Ivan Santos, 41, também foram presos e acusados, enquanto o homem por trás da empresa com sede na Flórida, Rominik Soni, deve ser acusado na quarta-feira. Se considerados culpados, eles enfrentam uma pena máxima de 20 anos de prisão.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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