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Conectando o mundo: Dany Oliveira comenta a relevância dos hubs para a aviação global

Você já se perguntou como as empresas aéreas conseguem conectar passageiros de diferentes cidades de maneira eficiente? Sabe onde estão localizados os principais aeroportos com passageiros em conexão ao redor do mundo?

O Diretor da IATA no Brasil, Dany Oliveira, publicou um texto em seu perfil no LinkedIN, no qual aborda esta questão de uma forma prática e ilustra a explicação com uma visualização de dados esclarecedora, que mostra onde os viajantes mais se conectam e quanto os passageiros em conexão representam (em %) do total de passageiros em cada aeroporto.

As companhias aéreas conseguem conectar de forma eficiente os passageiros entre diversas cidades usando um sistema conhecido como hub-and-spoke para consolidar e direcionar os viajantes através de aeroportos estratégicos.

A posição geográfica desempenha um papel importante nesse sistema, com as empresas aéreas operando nesses aeroportos para transportar um número crescente de passageiros para vários destinos, aproveitando as economias de escala e a densidade do tráfego.

Os aeroportos do Oriente Médio exemplificam isso, capturando 11% do tráfego global de passageiros em conexão. Como exemplo, no grande aeroporto hub de Doha, no Catar, os passageiros em conexão representam quase 75% dos passageiros totais.

A adoção deste sistema ganhou impulso nos EUA após a Lei de Desregulamentação das Empresas Aéreas em 1978. As companhias aéreas reconfiguraram suas redes de rotas, conectando mais cidades e aumentando a frequência dos voos. Como resultado, e devido à grande base doméstica, os EUA têm a maior parte do tráfego mundial de passageiros em conexão (41% no 1º trimestre de 2023).

Os aeroportos dos EUA também possuem uma ampla gama de operações no modelo hub-and-spoke, variando desde transferências menores do tráfego, como Los Angeles com 15% dos passageiros totais, até conexões mais fortes como Charlotte com 72% dos seus passageiros.

A Europa e a Ásia também possuem operações significativas de hubs internacionais, contribuindo, respectivamente, com 24% e 11% do total global de passageiros em conexão.

À medida que as mudanças demográficas devem gradualmente mover o “centro de gravidade” da aviação em direção à Ásia nas próximas décadas, será interessante observar como a futura evolução das operações das companhias aéreas baseadas em hubs na região irá apoiar o crescimento do tráfego e da conectividade. No Brasil, os aeroportos Guarulhos, Brasília e Congonhas se destacam como os grandes centros de distribuição de passageiros.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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