Um verdadeiro “congestionamento” aéreo se formou no sul da Bahia no dia pós-natal, com um grande número de aviões indo para o litoral. Tal movimento é normal nessa época do ano, mas a quantidade de aeronaves em 2020 surpreendeu. A meteorologia também ajudou na concentração da chegada dos jatos em determinados horários.
O tráfego foi tão intenso que várias aeronaves tiveram que dar voltas repetidamente (órbitas) aguardando a liberação do pátio. Os destinos dos jatos (e também aviões a hélice) são os Aeroportos da Costa Sul da Bahia, como Porto Seguro, Trancoso (Terravista), Ilha de Comandatuba e Ilhéus.
Em dado momento, do meio para o final da tarde hoje, 26 de dezembro, foi possível registrar no aplicativo de rastreamento de voos FlightRadar24 ao menos 15 aviões executivos com destino ao sul baiano. A chuva e as nuvens baixas em alguns momentos do dia contribuíram para concentrar as operações de pouso em alguns períodos nos aeroportos da região.
A “revoada” causou, inclusive, a suspensão dos pousos devido à falta de espaço no pátio, e as aeronaves foram instruídas a aguardar em órbita e, quando pousassem, teriam que apenas desembarcar os passageiros, abastecer se necessário e decolar novamente, sem ficarem estacionadas.
Um exemplo disso aconteceu com o HondaJet de matrícula PP-BRU, que teve que pousar em Porto Seguro após fazer várias órbitas esperando pela liberação de pouso no Aeroporto Terravista. Pouco mais de uma hora depois, ele decolou de Porto Seguro para Trancoso, num voo rápido de apenas cinco minutos.
O motivo desta forte migração de jatos para o Sul da Bahia é, possivelmente a impossibilidade de viagem ao exterior para os proprietários dos jatos, devido à pandemia do coronavírus. Destinos nos Estados Unidos, Caribe e Europa estão com restrições para brasileiros e outros estrangeiros, então a opção para o feriado de final de ano foi optar por algo mais próximo, seguindo para algum resort ou hotel no sul da Bahia.
Realmente, o movimento de aviões privados no final de ano e feriados no sul da Bahia é intenso, mas é a primeira vez que se vê um fluxo tão alto e simultâneo a ponto de saturar vários aeroportos ao mesmo tempo. É esperado que tal situação se repita no dia 1º de janeiro, após o Réveillon.