Os motoristas que passam na Rodovia 427, adjacente ao Aeroporto Internacional de Toronto, se deparam com um gigante avião estacionado há meses numa área remota. Apesar de estar preservado, não existe uma previsão para que o Antonov An-124 da empresa aérea russa Volga-Dnepr saia dali.
Já são treze meses parado em solo canadense, exatamente o mesmo tempo que já dura a guerra entre Rússia e Ucrânia, após a primeira ter invadido a segunda no começo do ano passado. Por um golpe do destino, no dia 27 de fevereiro de 2022, a Volga-Dnipro entregou materiais de teste da COVID-19 da China para Toronto, mas a data coincidiu com a proibição de sobrevoo de qualquer aeronave russa, deixando o quadrimotor preso.
Massive Russian cargo plane still grounded in Toronto and here's how to see it https://t.co/KPbIUwurC8 #Toronto #Plane
— blogTO (@blogTO) April 25, 2022
Vale ressaltar, no entanto, que ao contrário dos iates dos oligarcas russos, que foram apreendidos, esse An-124 está apenas detido por conta da regra imposta pelas sanções. Na prática, ele pode decolar a qualquer momento, assim que receber permissão do governo canadense para tal – não que isso vá acontecer, mas seria uma hipótese.
No entanto, ainda haverá um problema, pois a empresa terá que pagar a conta de estacionamento de todo esse tempo parado. Segundo o blogTO, o aeroporto de Toronto cobra US$ 1.065,60 por dia para estacionar o An-124 russo. Portanto, a parada forçada de um ano do avião já soma mais de US$ 420.000.
Embora tais gastos não afetem a máquina de guerra de Putin, observa o blogTO, o avião continua sendo um lembrete visual para os residentes locais do conflito que assola em outra parte do mundo.
