Continuam as buscas pelas 3 crianças e o bebê que estavam no avião acidentado na floresta na Colômbia

Imagem: Aerocivil

A autoridade de aviação civil da Colômbia (Aerocivil) informou ontem, 22 de maio, que estão sendo analisadas, com a ajuda de imagens detalhadas de satélite, as possíveis rotas que os quatro irmãos, de 13, 9 e 4 anos e o mais novo de 11 meses, poderiam ter feito após o acidente do avião de matrícula HK 2803.

O Cessna U206G Stationair, com sete ocupantes, foi dado como desaparecido em um voo doméstico na Colômbia em 1º de maio. Ele havia decolado do aeroporto de Araracuara e voaria até o aeroporto Jorge Enrique González Torres, de San José del Guaviare.

Em 15 de maio, após 370 horas de buscas, os destroços da aeronave foram encontrados em uma mata. Os corpos de três ocupantes foram encontrados no local nos dias após a descoberta, porém, as quatro crianças continuam desaparecidas.

As operações na área se intensificaram ontem com a chegada de novos efetivos das Forças Armadas e das Comunidades Indígenas. Os Povos Indígenas da Colômbia realizam processos espirituais que consistem em falar à selva e pedir-lhe que fale.

Junto com a Organização Nacional dos Povos Indígenas da Amazônia Colombiana (OPIAC), participam das operações de busca pessoal das Forças Armadas, da Aerocivil, do Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar, da Unidade de Restituição de Terras, da Unidade de Vítimas e dos Parques Naturais Nacionais da Colômbia.

Imagem: Aerocivil
Imagem: Aerocivil
Imagem: Aerocivil

Cerca de 10.000 panfletos estão sendo distribuídos de helicópteros da Força Aérea, nos quais são dadas instruções, em espanhol e na língua nativa, para ajudar os menores a marcarem sua localização. Ao mesmo tempo, realizam-se ações altifalantes no ar e no solo, e buscas com caninos, de forma a encontrar qualquer vestígio que permita apurar o paradeiro.

Enquanto prosseguem as buscas, por meio da Medicina Legal, são realizadas as diligências necessárias para a entrega dos corpos aos familiares das três pessoas que perderam a vida no acidente.

Por fim, uma equipe de peritos da Direção Técnica de Investigação de Acidentes da Aeronáutica Civil procedeu ao recolhimento de provas na área do acidente aeronáutico e com os elementos processados ​​irá procurar apurar as causas do acidente.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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