
Na última sexta-feira (17), a Aeronáutica Civil da Colômbia (Aerocivil) anunciou a abertura de um prazo de 15 dias úteis para que terceiros se manifestem sobre a integração da Viva com a Avianca, como etapa prévia ao que poderia ser a aprovação da transação.
Mas, considerando o valor do tempo para a ultra low-cost, muitos temem que essas três semanas sejam o último empurrão de que precisam para entrar em colapso. E, nesse sentido, na última segunda-feira (20) a Viva teve de deixar no solo cinco dos seus A320 a pedido do arrendador.
Diante dessa situação, o acionista controlador da Viva, Castlesouth Limited, divulgou nesta quarta-feira (22) um comunicado afirmando que “a Viva Air atingiu um ponto crítico”, conforme noticia o site Aviacionline.
“A perda de algumas aeronaves da frota devido ao atraso da Aerocivil representa uma perda direta de receita para a Viva, reduz as opções de viagem para milhares de colombianos e põe em risco os empregos de mais de 1.000 trabalhadores diretos altamente qualificados e bem treinados, pagos, bem como os de aproximadamente outros 8.000 trabalhadores indiretos na Colômbia pelo efeito multiplicador que isso implica“, disse a Castlesouth.
“Queremos ser claros: o único caminho viável dentro do período de tempo que a Viva Air tem para continuar operando é a Aerocivil permitir que a Viva Air se torne parte de um grupo maior e mais forte de companhias aéreas“, continuaram, esclarecendo que, se enquanto outras empresas (Latam e JetSMART) manifestaram vontade de discutir a compra da Viva, até agora nenhuma apresentou uma oferta, mas mesmo que o fizessem e um acordo pudesse ser avançado, a aprovação do governo não chegaria a tempo.
“A transação proposta, que aguarda a aprovação da Aerocivil, não é nova: em outros países, companhias aéreas tradicionais e companhias aéreas disruptivas de baixo custo fizeram parcerias com sucesso, como é o caso da Iberia, transportadora de bandeira da Espanha, e da Vueling, uma companhia aérea de baixo custo que hoje continua a beneficiar os espanhóis e outros passageiros europeus“, acrescentam de Castlesouth.
“Instamos a Aerocivil a agir a tempo para que a Viva Air continue voando em benefício de todos os colombianos”, concluíram.
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