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Conviasa faz malabarismo para conseguir buscar passageiros presos na Argentina

A empresa aérea estatal venezuelana Conviasa está tendo que se virar para levar de volta ao seu país os passageiros que ficaram presos na Argentina. Para tanto, realizará uma operação especial que conta com a ajuda de um “país amigo”. O objetivo é resgatar diversos passageiros que ficaram retidos em Buenos Aires, após a suspensão temporária de seus voos diretos de Caracas. A pausa nos voos se deu num contexto em que um Boeing 747-300 foi apreendido para investigação porque seus ocupantes iranianos teriam ligações espúrias com forças terroristas do Oriente Médio.

Com receio de realizar outro voo e ter mais aeronaves apreendidas, a Conviasa cessou os voos diretos. Desta forma, para resgatar passageiros que acabaram ficando presos na Argentina sem um voo de volta, a venezuelana contratou os serviços da Amaszonas, que buscará os passageiros e os levará até Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde eles embarcarão num voo da Conviasa para a capital venezuelana.

O voo da Amaszonas partirá de Ezeiza às 4h de sexta-feira, 1º de julho, e chegará a Santa Cruz de la Sierra às 6h, horário local. O próximo trecho para Caracas, que será realizado pela Conviasa em um de seus aviões, decolará às 9h05, com previsão de chegada à capital venezuelana às 13h25, horário local. Como a Bolívia se mostrou um “país amigo”, o risco de ter um avião apreendido é baixo para a estatal da Venezuela.

A Conviasa havia retomado seus voos entre Caracas e Buenos Aires em 3 de maio, agendando dois serviços mensais realizados no Airbus A340-300 e A340-600. Os voos para Buenos Aires são classificados como “especiais” já que a Argentina não está na lista de países autorizados a ter operações regulares de e para a Venezuela, por causa da Covid.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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