Um incidente inesperado marcou um voo da canadense Westjet de Calgary para Vancouver, quando um piloto fora de serviço, que viajava como passageiro, precisou intervir para auxiliar no pouso de um Boeing 737 MAX. O voo, identificado como WS-129, havia decolado de Calgary por volta das 21h21 no dia 4 de dezembro, quando, em pleno voo de cruzeiro, o Primeiro Oficial começou a sentir-se mal.
A bordo do aeronave, o cenário mudou rapidamente quando o copiloto ficou tão indisposto que não pôde continuar suas funções, deixando a tripulação em potencial desvantagem operacional num crucial momento, apesar de haver treinamento próprio para essas ocasiões.
Conforme relatado recentemente em documento pela Comissão de Segurança de Transporte do Canadá (TSB), situações como esta frequentemente levam o comandante a considerar a declaração de emergência, com um pouso em caráter prioritário.
Contudo, naquela ocasião, um incomum e providencial detalhe evitou maiores complicações: entre os passageiros, havia um piloto fora de serviço, que imediatamente disponibilizou-se a ajudar.
Assumindo a posição na cabine de comando deixada pelo Primeiro Oficial incapacitado, este piloto assumiu as vezes, enquanto o oficial doente foi acomodado na cabine para receber os cuidados adequados. Como resultado, o comandante do voo decidiu não declarar emergência, prosseguindo ciosamente até a chegada ao destino final em Vancouver, sem maiores problemas.
Casos de pilotos em trânsito que precisam assumir controles em emergências não são incomuns na aviação, sendo que tais intervenções ocorrem quando membros da tripulação se tornam incapazes de continuar.
Como citado anteriormente, existe treinamento para essas ocasiões, mesmo no caso de não haver um backup e um dos pilotos ter de pousar a aeronave sozinho.
